sexta-feira, 29 de março de 2013
a anta
Tapirídeos
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Anta[1]
Ocorrência: Eoceno–Recente
PreЄ
ЄOSDCPTJKPgN
Tapirus terrestris
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Perissodactyla
Família: Tapiridae
Gray, 1821
Género: Tapirus
Brünnich, 1772
Espécies
Tapirus bairdii
Tapirus indicus
Tapirus pinchaque
Tapirus terrestris
Sinónimos
Família sinônima[Expandir]
Nota: Este artigo é sobre o mamífero sul-americano. Para o monumento megalítico, veja Dólmen. Para outros significados, veja Anta (desambiguação).
A família Tapiridae é um grupo de mamíferos da ordem Perissodactyla que habita a América Central, a América do Sul e o sul da Ásia e são conhecidos popularmente por anta. São os maiores mamíferos da América do Sul. Pertencem a mesma ordem dos cavalos e possui um parentesco mais próximo aos rinocerontes.
A anta chega a pesar trezentos quilogramas. Tem três dedos nos pés traseiros e um adicional, bem menor, nos dianteiros. Tem uma tromba flexível, preensil e com pelos, que sente cheiros e umidade. Vive perto de florestas úmidas e rios: toma, frequentemente, banhos de água e lama para se livrar de carrapatos, moscas e outros parasitas.
Herbívora monogástrica seletiva, come folhas, frutos, brotos, ramos, plantas aquáticas, grama e pasto. Pode ser vista se alimentando até em plantações de cana-de-açúcar, arroz, milho, cacau e melão. Passa quase dez horas por dia forrageando em busca de alimento. De hábitos noturnos, esconde-se de dia na mata, saindo à noite para pastar.
De hábitos solitários, são encontrados juntos apenas durante o acasalamento e a amamentação. A fêmea tem geralmente apenas um filhote, e o casal se separa logo após o acasalamento. A gestação dura de 335 a 439 dias. Os machos marcam território urinando sempre no mesmo lugar. Além disso, a anta tem glândulas faciais que deixam rastro.
Quando ameaçada, mergulha na água ou se esconde na mata. Ao galopar, derruba pequenas árvores, fazendo muito barulho. Nada bem e sobe com eficiência terrenos íngremes. Emite vários sons: o assobio com que o macho atrai a fêmea na época do acasalamento, o guincho estridente que indica medo ou dor, bufa mostrando agressão e produz estalidos.
Índice [esconder]
1 Etimologia
2 Espécies
2.1 Iniciativas para Preservação
3 Imagens
4 Referências
5 Fontes
[editar]Etimologia
"Anta" origina-se do termo árabe lamTa[2].
[editar]Espécies
Tapirus terrestris
Tapirus bairdii
Tapirus pinchaque
Tapirus indicus
[editar]Iniciativas para Preservação
Tapir Specialist Group Filiado à IUCN.
[editar]Imagens
Filhote de anta.
Tapirback's Home Site pela preservação da anta, com muitas fotos sobre as quatro espécies.
Internetová encyklopedie savcù
Wirbeltiere
Referências
↑ Grubb, Peter. In: Wilson, Don E., and Reeder, DeeAnn M., eds. Mammal Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference. 3rd ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press, 2 vols. (2142 pp.). Capítulo: Order Perissodactyla (pp. 629–636), p. 306. ISBN 978-0-8018-8221-0 (OCLC 62265494)
↑ FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.127
[editar]Fontes
Artigos na Wikipédia em inglês: Tapir, Brazilian Tapir , Malayan Tapir, Baird's Tapir e Moutain Tapir.
Base de Dados Tropical
Brazil Nature
IUCN Red List of Threatened Species
segunda-feira, 11 de março de 2013
onça pintada
A onça-pintada (nome científico: Panthera onca), também conhecida por pintada, onça-verdadeira, jaguar, jaguarapinima, jaguaretê, acanguçu, canguçu, tigre[4] e "onça-preta" (somente no caso dos indivíduos melânicos), é uma espécie de mamífero carnívoro da família Felidae encontrada nas Américas. É o terceiro maior felino do mundo, após o tigre e o leão, e o maior do continente americano. Ocorria nas regiões quentes e temperadas, desde o sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina, estando, hoje, porém, extinta em diversas partes dessa região. Nos Estados Unidos, por exemplo, está extinto desde o início do século XX, apesar de relatos de que possivelmente ainda ocorre no Arizona.
Se assemelha ao leopardo fisicamente, se diferindo desse, porém, pelo padrão de manchas na pele e pelo tamanho maior. As características do seu comportamento e do seu habitat são mais próximas às do tigre. Pode ser encontrada principalmente em ambientes de florestas tropicais, mas também é encontrada em ambientes mais abertos. A onça-pintada está fortemente associada com a presença de água e é notável, juntamente com o tigre, como um felino que gosta de nadar. É, geralmente, solitária. É um importante predador, desempenhando um papel na estabilização dos ecossistemas e na regulação das populações de espécies de presas. Tem uma mordida excepcionalmente poderosa, mesmo em relação aos outros grandes felinos.[5] Isso permite que ela fure a casca dura de répteis como a tartaruga e de utilizar um método de matar incomum: ela morde diretamente através do crânio da presa entre os ouvidos, uma mordida fatal no cérebro.[6][7]
Está ameaçada de extinção e seu número está em queda. As ameaças à espécie incluem a perda e a fragmentação do seu habitat. Embora o comércio internacional de onças ou de suas partes esteja proibida, o felino ainda é frequentemente morto por seres humanos, particularmente em conflito com fazendeiros e agricultores na América do Sul. Apesar de reduzida, sua distribuição geográfica ainda é ampla.
A onça faz parte da mitologia de diversas culturas indígenas americanas, incluindo a dos maias, astecas e guarani. Na mitologia maia, apesar de ter sido cotada como um animal sagrado, era caçada em cerimônias de iniciação dos homens como guerreiros.
Índice [esconder]
1 Etimologia
2 Taxonomia e evolução
2.1 Ancestral asiático
2.2 Subespécies e Variação Geográfica
3 Distribuição geográfica e habitat
4 Descrição
4.1 Melanismo
5 Ecologia e comportamento
5.1 Dieta, forrageamento e caça
5.2 Reprodução
6 Conservação
7 Aspectos culturais
7.1 Culturas mesoamericanas
7.2 Cultura contemporânea
8 Referências
9 Ver também
10 Ligações externas
[editar]Etimologia
"Onça" origina-se do termo grego lygx, através do termo latino luncea e do termo italiano lonza.[4] No Brasil, o nome "onça-pintada" é o mais utilizado, sendo que "pintada" é uma alusão à pelagem cheia de manchas e rosetas, ao contrário da outra "onça", a onça-parda.[4]
"Jaguar" origina-se do termo tupi ya'wara, e pode ser traduzido como "fera" e até "cão", já que o termo era utilizado pelos indígenas para se referir a qualquer "fera" antes da chegada dos europeus.[8] Com a colonização européia e a chegadas dos cães, a palavra passou a ser usada apenas como referência aos cachorros, e "ya'wara-etê" passou a se referir à onça-pintada, originando o termo "jaguaretê".[8] Este último termo significa "fera verdadeira", através da junção de ya'wara (fera) e eté (verdadeiro).[8] "Yaguareté" é um nome usado em países de língua espanhola em que há muitos descendentes dos guaranis, como a Argentina e Paraguai.[8] "Acanguçu" e "canguçu" originam-se do termo tupi akãgu'su, que significa "cabeça grande", através da junção de akanga (cabeça) e usu ("grande").[4] "Jaguarapinima" vem do tupi ya'wara (onça) e pi'nima (pintada)[4]. "Tigre" é um termo de origem iraniana.[4]
A designição "pantera", vem do latim, panthera, que também é o primeiro componente do nome científico. Panthera, em grego, é uma palavra para leopardo, πάνθηρ. A palavra é uma composição de παν- "todos" e θήρ vem de θηρευτής "predador", significando "predador de todos" (animais), apesar de que esta deve ser considerada uma etimologia popular.[9] A palavra deve ter uma origem do Sânscrito, "pundarikam", que significa "tigre".[10]
[editar]Taxonomia e evolução
Muita subespécies foram sugeridas, mas estudos recentes sugerem a existência de três apenas.
A onça-pintada é o único membro do gênero Panthera no Novo Mundo. Filogenias moleculares evidenciaram que o leão, o tigre, o leopardo, o leopardo-das-neves e o leopardo-nebuloso compartilham um ancestral em comum exclusivo, e esse ancestral viveu entre seis e dez milhões de anos atrás; o registro fóssil aponta o surgimento do gênero Panthera entre 2 000 000 e 3 800 000 de anos atrás[11][12]. Estudos filogenéticos geralmente mostram o leopardo-nebuloso como um táxon basal.[11]
Baseado em evidências morfológicas, o zoológo britânico Reginald Pocock concluiu que a onça-pintada é mais próxima ao leopardo[13]. Entretanto, filogenias baseadas no DNA são inconclusivas à posição da onça-pintada em relação às outras espécies do gênero[11]. Fósseis de espécies extintas do gênero Panthera, como o jaguar-europeu (Panthera gombaszoegensis) e o leão-americano(Panthera atrox), mostram características tanto da onça-pintada quanto do leão[13]. Análise do DNA mitocondrial apontam para o surgimento da espécie entre 280 000 e 510 000 anos atrás, bem depois do que é sugerido pelo registro fóssil.[14]
Relações filogenéticas da onça-pintada.[11]
Neofelis nebulosa - pantera-nebulosa
Panthera tigris - tigre
Panthera uncia - leopardo-das-neves
Panthera pardus - leopardo
Panthera leo - leão
Panthera onca - onça-pintada
Filogenia inferida a partir de estudos citogenéticos e moleculares.
[editar]Ancestral asiático
Apesar de habitar o continente americano, a onça-pintada descende de felinos do Velho Mundo. Dois milhões de anos atrás, a onça-pintada e o leopardo, compartilharam um ancestral comum na Ásia.[15] No início do Pleistoceno, os precursores da atual onça atravessaram a Beríngia e chegaram na América do Norte: a partir daí alcançaram a América Central e a América do Sul.[15]
[editar]Subespécies e Variação Geográfica
A última delineação taxonômica foi feita por Pocock em 1939. Baseado em origens geográficas e morfologia de crânio, ele reconheceu oito subespécies. Entretanto, ele não teve acesso a um número suficiente de espécimes para fazer uma análise crítica das subespécies, e expressou dúvida sobre a validade de várias delas. Uma reconsideração posterior reconheceu apenas três subespécies.[16]
Estudos recentes não demonstraram a existência de subespécies bem definidas, e muitos nem reconhecem a existência delas.[17] Larson (1997) estudou a variação morfológica na onça-pintada e demonstrou que existe variação clinal entre a ocorrência sul e norte da espécie, mas a variação dentro das subespécies é maior do que entre elas, e portanto, não há garantia da existência das subespécies.[18] Um estudo genético confirmou a ausência de divisões geográficas entre as populações, apesar de que foi demonstrado que grandes barreiras geográficas, como o rio Amazonas, limita o fluxo gênico entre as populações.[14] Um estudo subsequente, caracterizou mais detalhadamente a variação genética e encontrou diferenças populacionais nas onças da Colômbia.[19]
As divisões de Pocock (1939) ainda são regularmente citadas em muitas decrições do felino. Seymour reconhece apenas três subespécies.[16]
Panthera onca onca: Venezuela através da bacia amazônica, incluindo
P. onca peruviana ("jaguar peruano"): costa do Peru
P. onca hernandesii ("jaguar mexicano"): oeste do México – incluindo
P. onca centralis ("jaguar centroamericano"): El Salvador até Colômbia
P. onca arizonensis (jaguar do Arizona): sul do Arizona até Sonora, México
P. onca veraecrucis: centro do Texas até o sudeste do México
P. onca goldmani ("jaguar de Goldman"): península de Yucatán até Belize e Guatemala
P. onca palustris (a maior subespécie, pesando mais de 135 kg):[20] Ocorre no Pantanal, regiões do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Brasil, ao longo da bacia do rio Paraguai no Paraguai e nordeste da Argentina.
O Mammal Species of the World continua a reconhecer nove subespécies, adicionando P. o. paraguensis.[1]
[editar]Distribuição geográfica e habitat
A onça-pintada vive em uma ampla variedade de habitats, desde campos abertos até florestas densas, mas geralmente, associados a cursos d'água permanentes.
A onça-pintada é presente desde o México, passando pela América Central, até a América do Sul, incluindo toda a bacia Amazônica, no Brasil.[3] Os países que a onça-pintada ocorrem são: Argentina, Belize, Brasil, Bolívia, Colômbia, Costa Rica (particularmente na península de Osa), Equador, Guiana Francesa, Guatemala, Guiana, Honduras, México,Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Suriname, Estados Unidos e Venezuela. Foi extinta de El Salvador e do Uruguai.[2] Ocorre nos 400 km² do Reserva Natural de Cockscomb em Belize, nos 5 300 km² da Reserva da Biosfera Sian Ka'an, no México, nos 15 000 km² do Parque Nacional de Manú no Peru, nos 26 000 km² do Parque Indígena do Xingu e nos cerca de 1 800 km² do Parque Nacional do Iguaçu, ambos no Brasil, e em muitas outras unidades de conservação ao longo de sua distribuição.
A inclusão dos Estados Unidos na lista é baseada em ocorrências casuais no sudoeste do país, nos estados do Arizona, Texas e Novo México. No início do século XX, a onça-pintada ocorria ao norte até o Grand Canyon e ao oeste até o Sul da Califórnia.[21] Em 1996 e 2004, guardas florestais no Arizona fotografaram e documentaram onças na parte sul do estado. Entre 2004 e 2007, dois ou três onças foram reportadas por pesquisadores ao redor do Refúgio Nacional da Vida Selvagem Buenos Aires no sul do Arizona. Um deles, chamado "Macho B", já havia sido avistado em 1996.[22] Para que exista uma população permanente e viável nos Estados Unidos, a proibição da caça, qa existência de presas, e a conectividade com populações do México são essenciais.[23] Em 25 de fevereiro de 2009, um macho de 53,5 kg foi capturado e marcado em um área a sudoeste de Tucson, que é uma região muito ao norte do que esperado, significando que deva existir alguma população residente no sul do Arizona.[24] Esse ano era o mesmo que foi fotografado em 2004.[24] Em 2 de março de 2009, descobriu-se que esse indivíduo, "Macho B", possuía insuficiência renal, e foi eutanasiado.[25] É a onça-pintada com maior longevidade em estado selvagem.[25]
O muro fronteiriço Estados Unidos-México pode inviabilizar o estabelecimento de populações de onça-pintada nos Estados Unidos, já que pode impedir o fluxo gênico com indivíduos residentes no México.[26]
A ocorrência histórica da espécie inclui a metade sul dos Estados Unidos no limite norte, e quase todo continente sul-americano, no limite sul. Atualmente, sua distribuição ao norte recuou 1 000 km, e ao sul, cerca de 2 000 km. Fósseis de onça-pintada, datados entre 40 000 e 15 000 anos atrás, mostram a ocorrência dessa espécie na era do Gelo até o Missouri.[27]
A onça-pintada habita florestas tropicais na América do Sul e América Central, áreas abertas, e com inundações periódicas, como o Pantanal. Há uma preferência por áreas de floresta densa e chuvosa, sendo escassa em regiões mais secas, como nos pampas argentinos, nas secas savanas do México, e sudoeste dos Estados Unidos.[28] A onça ocorre em florestas tropicais, subtropicais e secas (incluindo, historicamente, as florestas de carvalho nos Estados Unidos). A onça-pintada é dependente de cursos d'água permanentes, vivendo preferencialmente próximo a rios e pântanos, e florestas chuvosas. Não ocorre em altitudes maiores de 3 800 m, e evitam florestas montanas no México e nos Andes.[28]
Existe evidência de que onças-preta e leopardos introduzidos habitam florestas ao redor de Sydney, Austrália. Moradores da região reportaram a presença de um grande predador de cor negra, mas excursões para capturar o animal falharam em encontrar qualquer vestígio. O ecólogo Johannes J. Bauer acredita de que se tem um grande felino na área, é mais provável que seja um leopardo.[29]
[editar]Descrição
A cabeça da onça-pintada é robusta e a mandíbula é extremamente poderosa. O tamanho dos indivíduos tende a ser maior quanto mais longe das regiões equatoriais.
A onça-pintada é um animal robusto e musculoso. Tamanho e peso variam consideravelmente: o peso normalmente está entre 56 a 96 kg. Os maiores machos registrados pesavam até 160 kg (tendo o peso de uma leoa ou tigresa), e as menores fêmeas chegavam a ter 36 kg.[30] As fêmeas são entre 10 a 20 % menores que os machos. O comprimento da ponta do focinho até a ponta da cauda varia de 1,2 m a 1,95 m.[31][17] Sua cauda é a menor dentre os grandes felinos, tendo entre 45 e 75 cm de comprimento. Suas pernas também são curtas, consideravelmente mais curtas se comparadas a um tigre ou leão com mesma massa corporal, mas são mais grossas e robustas. A onça-pintada tem entre 63 a 75 cm de altura, se medida até a altura dos ombros.[32] Comparada ao leopardo, a onça é maior, mais pesada e atarracada.[16]
Variações no tamanho são observadas ao longo das regiões de ocorrência da onça, com o tamanho tendendo a aumentar nos indivíduos nos limites norte e sul da distribuição geográfica, com os menores indivíduos sendo encontrados na Amazônia e regiões equatoriais adjacentes. Um estudo realizado na Reserva da Biosfera Chamela-Cuixmala na costa do Pacífico no México, reportou medidas de massa corporal ao redor de 50 kg, não muito maior que uma suçuarana.[33] Em contraste, no Pantanal, a média de peso foi de cerca de 100 kg, e machos mais velhos não raramente chegavam a pesar mais de 130 kg.[34] Onças que ocorrem em ambientes florestais frequentemente são mais escuras na coloração da pelagem e menores do que aquelas encontradas em regiões de campos abertos (como no Pantanal), possivelmente, devido ao menor número de presas de grande porte em florestas.[28]
A forma corporal atarracada e robusta torna a onça-pintada capaz de nadar, rastejar e escalar.[32] A cabeça é grande e a mandíbula é desenvolvida e forte. A onça-pintada possui a mordida mais forte de todos os felinos, capaz de alcançar até 910 kgf. É duas vezes a força da mordida de um leão e só não é maior que a da mordida de uma hiena; tal força é capaz de quebrar o casco de tartarugas.[6] Um estudo comparativo colocou a onça-pintada como em primeiro lugar em força de mordida, ao lado do leopardo-das-neves, e à frente do leão e do tigre.[35] É dito que uma onça é capaz de arrastar um touro de até 360 kg por 8 m e quebrar ossos com as mandíbulas.[36] A onça-pintada caça grandes herbívoros de até 300 kg em florestas densas, como a anta, e seu corpo forte e atarracado é uma adaptação a esse tipo de presa e ambiente. A cor de fundo da pelagem da onça é uma amarelo acastanhado, mas pode chegar ao avermelhado e marrom e preto, para todo o corpo.[32] As áreas ventrais são brancas.[32] A pelagem é coberta por rosetas, que servem como camuflagem, usando o jogo de luz e sombra do interior de florestas densas. As manchas variam entre os indivíduos: rosetas podem incluir um ou várias pontas em seu interior, e a forma das pintas também pode variar. As manchas e pintas da cabeça e pescoço costumam ser sólidas, e na cauda, elas se unem, de forma a aparecer bandas.
Enquanto a onça-pintada lembra o leopardo, além dela ser maior e mais robusta, as rosetas são diferentes nessas duas espécies: as rosetas da pelagem da onça-pintada são maiores, menos numerosas, mais escuras, são formadas por linhas mais grossas e possuem pintas no meio delas, que não são encontradas nas rosetas do leopardo. As onças também possuem cabeças maiores e arredondadas, e membros mais atarracados se comparados com os do leopardo.[37]
[editar]Melanismo
Variedades melânicas da onça-pintada ocorrem com uma frequência de 6% nas populações selvagens.
Polimorfismo na cor ocorre na espécie. Variedades melânicas são frequentes. Em indivíduos totalmente pretos, quando visto sob a luz e de perto, é possível observar as rosetas.
A forma totalmente preta (chamada de onça-preta) é mais rara que a forma de cor amarelo-acastanhado, representando cerca de 6 % da população, o que é uma frequência muito maior do que a taxa de mutação.[38] Portanto, a seleção natural contribuiu para a frequência de indivíduos totalmente negros na população. Existem evidências de que o alelo para o melanismo na onça-pintada é dominante.[39] Ademais, a forma melânica é um exemplo de vantagem do heterozigoto; mas dados de cativeiro não são conclusivos quanto a isso.
Apesar de ser conhecida popularmente como onça-preta, é apenas uma variação natural, não sendo uma espécie propriamente dita.
Indivíduos albinos são muito raros, e foi reportada a ocorrência na onça-pintada, assim como em outros grandes felinos.[28] Como é usual com o albinismo na natureza, a seleção natural mantém a frequência da característica próxima à taxa de mutação.
[editar]Ecologia e comportamento
[editar]Dieta, forrageamento e caça
A onça-pintada tem uma mordida excepcionalmente forte que permite quebrar cascos de tartarugas.
Como todos os felinos, a onça-pintada é um carnívoro obrigatório, se alimentando somente de carne. É um caçador oportunista, e sua dieta inclui até 87 espécies de animais. A onça pode predar, teoricamente, qualquer vertebrado terrestre ou semi-aquático nas Américas Central e do Sul, com preferência por presas maiores. Ela regularmente preda jacarés, veados, capivaras, antas, porcos-do-mato, tamanduás e até mesmo sucuris.[40][41][16] Entretanto, o felino pode comer qualquer pequena espécie que puder pegar, como ratos, sapos, aves (principalmente mutuns), peixes, preguiças, macacos e tartarugas; um estudo conduzido no Santuário de Cockscomb, em Belize, revelou que a dieta das onças era constituída principalmente por tatus e pacas.[42] Em áreas mais povoadas ou com grande número de pecuaristas, a onça-pintada preda o gado doméstico, e muitas vezes parece ter um preferência por esse tipo de presa (no Pantanal, foi constatado que até 31,7% de sua alimentação era constituída por bezerros de gado bovino).[41][43]
A onça-pintada geralmente mata com uma mordida no pescoço, sufocando a presa, como é típico entre os mesmo do gênero Panthera, mas às vezes ela mata por uma técnica única entre os felinos: ela morde o osso temporal no crânio, entre as orelhas da presa (especialmente se for uma capivara) com os caninos, acertando o cérebro.[44] Isto também permite quebrar cascos de tartaruga, após as extinções do Pleistoceno, quelônios podem ter se tornado presas abundantes em seu habitat.[28][45] A mordida na cabeça é empregada em mamíferos, principalmente, enquanto que em répteis, como jacarés, a onça-pintada ataca o dorso do animal, acertando a coluna cervical, imobilizando o alvo. Embora capaz de rachar o casco de tartarugas, a onça pode simplesmente esmagar o escudo com a pata e retirar a carne.[46] Quando ataca tartarugas-marinhas que vão nidificar na praia, a onça ataca a cabeça, e frequentemente decapita o animal, antes de arrastá-la para comer.[47] Ao caçar cavalos, a onça pode pular sobre o dorso, colocar uma pata no focinho e outra na nuca, de forma de deslocar o pescoço. Moradores de ambientes em que ocorre a onça-pintada já contaram anedotas de uma onça que atacou um par de cavalos, e depois de ter matado um, ainda arrastou o outro, ainda vivo.[48] Em presas pequenas, como pequenos cães, uma pancada forte com as patas é suficiente para matar.
Ilustração de uma onça-pintada matando uma anta, o maior animal terrestre de sua distribuição geográfica.
A onça-pintada caça em espreita e formando emboscadas, perseguindo pouco a presa. O felino anda de forma lenta, ouvindo e espreitando a presa, antes de armar a emboscada ou atacá-la. Ela ataca por cima, através de algum ponto cego da presa, com um salto rápido: as habilidades de espreita e emboscada dessa espécie são consideradas inigualáveis tanto por povos indígenas quanto por pesquisadores, e tal capacidade deve derivar do papel de ser um superpredador nos ambientes em que vive. Quando arma a emboscada, a onça pode saltar na água enquanto persegue a presa, já que é capaz de carregar grandes presas nadando, sua força permite levar novilhos para a copa das árvores.[46]
Após matar a presa, a onça arrasta a carcaça para alguma capoeira ou outro lugar seguro. Começa a comer pelo pescoço e peito, em vez de começar pelo ventre. O coração e pulmões são consumidos, seguidos pelos ombros.[46] O requerimento diário de comida de um indivíduo com 34 kg (que é menor peso encontrado em um indivíduo adulto) é de 1,4 kg.[21] Para animais em cativeiro, pesando entre 50 a 60 kg, mais de 2 kg de carne são recomendados.[49] Em liberdade, o consumo é naturalmente mais irregular: felinos selvagens gastam considerável energia e tempo para obter alimento, e podem comer até 25 kg de carne de uma só vez, seguidos por longos períodos sem se alimentar.[50] Ao contrário das outras espécies do gênero Panthera, a onça-pintada raramente ataca seres humanos. Muitos dos escassos casos reportados mostram que tratavam-se de indivíduos velhos ou feridos, com dentes danificados. Às vezes, se feridas ou ameaçadas, as onças podem atacar os tratadores em zoológicos.[51]
[editar]Reprodução
Onça fêmea pegando o seu filhote
As onças-pintadas são solitárias e só buscam a companhia de um par durante a época de acasalamento. A gestação dura em média 100 dias e até quatro filhotes podem ser gerados.
Os machos atingem a maturidade sexual em torno dos três anos, e as fêmeas, com dois anos. Em cativeiro, as onças vivem até os vinte anos; já a expectativa de vida para as onças selvagens cai pela metade.
Na época reprodutiva, as onças perdem um pouco os seus hábitos individualistas e o casal demonstra certo apego, chegando inclusive a haver cooperação na caça. Normalmente, o macho separa-se da fêmea antes dos filhotes nascerem. Em geral nascem, no interior de uma toca, dois filhotes - inicialmente com os olhos fechados. Ao final de duas semanas abrem os olhos e só depois de dois meses saem da toca. Quando atingem de 1,5 a 2 anos, separam-se da reprodutora, tornando-se sexualmente maduros e podendo assim se reproduzirem.
[editar]Conservação
Onça-preta
Atualmente, é classificada, pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais, como "quase ameaçada", visto sua ampla distribuição geográfica[2]. A caça é proibida na maior parte dos países onde ocorre a espécie: Argentina, Colômbia, Guiana Francesa, Honduras, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Venezuela, Estados Unidos e Uruguai; sendo que a caça de "animais-problemas" (aqueles que atacam o gado doméstico) é permitida no Brasil, Costa Rica, Guatemala, México e Peru[34]. Na Guiana e no Equador, a espécie carece de proteção legal [34].
Estudos detalhados realizados pela Wildlife Conservation Society mostraram que a espécie perdeu 37 por cento da sua distribuição histórica, e possui um status de conservação desconhecido em 17 por cento da sua área de ocorrência atual. Encorajador para a conservação da espécie, é de que a probabilidade de sobrevivência a longo prazo é considerada alta em 70 por cento de seu habitat, notadamente nas regiões da Amazônia, do Gran Chaco e do Pantanal [3]. As maiores ameaças a onça-pintada são a fragmentação de seu habitat e a caça [2]. Em áreas mais antropizadas, atropelamentos em rodovias que cortam unidades de conservação são também fatores que diminuem significativamente as populações.[52][53]
A caça para obtenção para o comércio de peles já foi um grande problema na conservação da espécie: na década de 1960, houve uma diminuição significativa no número de indivíduos, pois anualmente mais de 15 000 peles foram exportadas ilegalmente da Amazônia Brasileira. A implementação da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção, em 1973, resultou numa forte queda do comércio de peles [54].
Entretanto, é a caça por parte de fazendeiros, que considera o animal uma ameaça às criações de gado, uma das atividades que mais tem contribuído para extinções locais da espécie [34]. Em áreas próximas a grandes populações humanas, como em Guaraqueçaba, as onças-pintadas acabam mostrando uma preferência pelo gado doméstico, talvez por uma diminuição na densidade populacional de suas presas habituais, o que acaba incomodando os criadores de gado.[43]
Suas populações variam bastante ao longo de toda sua distribuição geográfica, tal como seu grau de extinção. Em Belize, estimou-e que existiam cerca de 600 a mil onças no país; no México, há variação do grau de conservação ao longo do país , sendo que, em 1990, por exemplo, na província de Chiapas, havia 350 onças; e, por fim, existiam entre 465-550 na Reserva da Biosfera Maya na Guatemala[34]. No Brasil, é considerada "vulnerável" pela lista do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, entretanto, seu status de conservação varia pelo país, sendo considerada "criticamente em perigo" no estados de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro [55][56], o que alerta para uma extinção da espécie nesses estados em um futuro muito próximo. As maiores populações brasileiras encontram-se na Amazônia e no Pantanal (apesar dos dados serem insuficientes e difíceis de se obter), sendo que, em outros biomas, como na caatinga (com uma estimativa de 356 animais no total) e Mata Atlântica, a situação é crítica[57][56]. Na Mata Atlântica, a espécie está restrita a unidades de conservação, e em número muito reduzido: no Parque Nacional do Iguaçu, um dos últimos locais no sul do Brasil onde ela ainda é encontrada, estima-se que existam no máximo 12 indivíduos [53].
As estratégias de conservação da onça-pintada são dificultadas pela intensa fragmentação de seu habitat em algumas regiões. Algumas unidades de conservação em que existem onças estão isoladas e abrigam um número muito reduzido de indivíduos. É necessário que se criem "corredores" unindo tais unidades de conservação, impedindo, inclusive, que os animais precisem sair de áreas florestadas e causar problemas às populações rurais [58][3][59]. Foi criada a iniciativa, idealizada por Alan Rabinowitz, de que se una todas as áreas de ocorrência da onça-pintada, desde o norte do México até a América do Sul, constituindo o chamado Paseo del Jaguar [59][58].
[editar]Aspectos culturais
o guepardo
Acinonyx jubatus é o nome científico da chita ou guepardo, também conhecido como lobo-tigre, leopardo-caçador ou onça-africana, um animal da família dos felídeos (Felidae), ainda que de comportamento atípico, se comparado com outros da mesma família. É a única espécie vivente do gênero Acinonyx. Tendo como habitat a savana, vive na África, península Arábica e no sudoeste da Ásia. Fisicamente, é significativamente parecido com o leopardo. As almofadas das patas da chita têm ranhuras para se moverem melhor em alta velocidade, e sua longa cauda serve para lhe dar estabilidade nas curvas em alta velocidade. Cada chita pode ser identificada pelo padrão exclusivo de anéis existentes em sua cauda, tem uma cabeça pequena e aerodinâmica e uma coluna incrivelmente flexível, são habilidades que ajudam bastante na hora da perseguição.
É um animal predador, preferindo uma estratégia simples: caçar as suas presas através de perseguições a alta velocidade, em vez de tácticas como a caça por emboscada ou em grupo, mas por vezes, pode caçar em dupla. Consegue atingir velocidades de 100 a 105 km/h, por curtos períodos de cada vez (ao fim de 400 metros de corrida), sendo o mais rápido de todos os animais terrestres, porém em uma certa ocasião, avistou-se um guepardo que correu atrás de sua presa por 640 metros em 20 segundos, (medidos com um cronômetro), e 73 metros em aproximadamente dois segundos - 115,2 e 131,4 km/h respectivamente.[3]
O corpo da chita é esbelto, musculado e esguio, ainda que de aparência delgada e constituição aparentemente frágil. Tem uma caixa torácica de grande capacidade, um abdómen retraído e uma coluna extremamente flexível. Tem uma cabeça pequena, um focinho curto, olhos posicionados na parte superior da face, narinas largas e orelhas pequenas e arredondadas. O seu pêlo é amarelado, salpicado de pontos negros arredondados, e na face existem duas linhas negras, de cada lado do focinho, que descem dos olhos até à boca, formando de fato um trajecto de lágrimas. Um animal adulto pode pesar entre 28 e 65 kg. O comprimento total do corpo varia de 112 a 150 cm. O comprimento da cauda, usada para equilibrar o corpo do animal durante a corrida, pode variar entre 62 e 85 cm.
Índice [esconder]
1 Etimologia e nomes comuns
2 Distribuição geográfica e habitat
3 Características
4 Comportamento
4.1 Em relação às fêmeas
4.2 Em relação aos machos
4.3 Maneiras de se comunicar
5 Hábitos alimentares e dieta
6 Reprodução
7 Classificação
7.1 Subespécies
7.2 Guepardo asiático
7.3 Guepardo "Real"
7.4 História evolutiva
8 Estado de conservação
8.1 Importância econômica
9 Referências culturais
9.1 Notas
10 Bibliografia
11 Ver também
12 Ligações externas
[editar]Etimologia e nomes comuns
O nome do género biológico, Acinonyx, significa, em latim, "garras imóveis", já que é o único felídeo que não as consegue retrair por completo, permanecendo visíveis mesmo quando recolhidas ao máximo, sendo usadas para permitir uma maior aderência ao solo enquanto corre, acelera e manobra no terreno, porém, os filhotes conseguem subir em árvores por terem as garras mais finas. O epíteto específico, "jubatus", significa em latim "com juba", e se refere às crinas que as crias da chita apresentam.
A palavra "chita", de som semelhante à palavra inglesa cheetah, deriva da língua hindi chiita que, por seu lado, talvez derive do sânscrito chitraka, que significa "salpicada de manchas". Outras línguas europeias relevantes usam variantes do latim medieval "gatus pardus", ou seja, "gato-leopardo": guépard (francês); Gepard (alemão, russo); jachtluipaard (holandês); guepardo; onza ou leopardo cazador (espanhol); ghepardo (italiano).
[editar]Distribuição geográfica e habitat
Guepardo
Encontram-se chitas no estado selvagem apenas na África, Irã e península Arábica[4] e Afeganistão ainda que no passado se distribuíssem até ao norte da Índia e ao planalto iraniano, onde eram domesticadas e usadas na caça ao antílope, de forma semelhante ao que se faz actualmente com os galgos, (especialmente da raça greyhound). Atualmente no continente asiático, só existem chitas selvagens no Irã e no Afeganistão, mas trata-se de uma população extremamente pequena (em torno de 3 000 exemplares no início do século XXI, sem contar algumas populações isoladas e as que vivem em zoológicos). É ameaçada pela pressão humana, sob a forma da caça e do pastoreio, o qual reduz o número de presas, (gazelas) disponíveis, mas por incrível que pareça, o homem não é o maior responsável por isso, pois leões e hienas fazem uma ferrenha competição com o guepardo, sendo que de vez em quando roubam a presa abatida pelo guepardo. Acrescente-se ainda que a área de ocorrência do chita no Irã encontra-se em região remota, próxima à fronteira com o Afeganistão, onde as forças de segurança iranianas tem dificuldade de penetrar devido à presença de gangues que praticam o contrabando e o tráfico de heroína. As chitas preferem habitar biótopos caracterizados pelos espaços abertos, como semi-desertos, pradarias e a savana africana.
Têm uma variabilidade genética geralmente baixa, além de uma contagem de esperma anormalmente alta. Pensa-se que foram obrigadas a um período prolongado de procriação consanguínea depois de passarem por um evento populacional designado por efeito de gargalo genético. Eles são uma espécie rara e importante, além de serem seres bonitos e rápidos, são muito caçados, principalmente para fazer casacos de pele e tapetes luxuosos.
[editar]Características
As chitas medem até 85 cm de altura e 2 m de comprimento, (incluindo a cauda).
Possui algumas características que os distingue de outras espécies de felinos, nomeadamente não são capazes de retrair as garras, tem pernas mais compridas e a cabeça menor, chegando a lembrar um cão.
Alcançam velocidades de 100 a 105 km/h, em corridas que duram geralmente de 250 a 640 metros.[5]
Os cuidados parentais duram apenas nos primeiros dois anos de vida, ensinando as crias a caçar durante esse período de dependência.
Além da velocidade, outra ótima qualidade do guepardo é a sua excelente visão; algumas vezes os guepardos caçam durante a noite.
O guepardo não forma bandos para caçar como os leões, mas os machos se juntam às vezes para caçar em pequenos grupos, especialmente se nasceram na mesma ninhada, casais também podem usualmente caçar juntos.[6]
O guepardo é um animal muito social, e um dos fatos que comprovam este fato, é que eles costumam lamber uns aos outros para se manterem limpos.
[editar]Comportamento
[editar]Em relação às fêmeas
Mãe com o seu filhote
Uma certa análise da genética das chitas, na Tanzânia, África, apontou que as fêmeas da espécie são extremamente "promíscuas". Cientistas das cidades de Londres, Nova York, Arusha e Bangcoc analisaram o DNA coletado de amostras de fezes de cerca de 176 guepardos, ou chitas, e ao longo de um período que durou nove a dez anos no Parque Nacional do Serengueti na África. Foi constatado que 45% de 47 ninhadas continham o DNA de mais de 2 pais. Segundo Dada Gottelli, da Sociedade Zoológica de Londres, isto pode acarretar em diversas doenças aos indivíduos da espécie. Ainda segundo Gottelli, tais estatísticas poderiam ser muito maiores já que a equipe de cientistas não conseguiu analisar mais amostras de fezes. "Os filhotes de chitas sofrem uma alta taxa de mortalidade nas primeiras semanas de vida, então é difícil pegar amostras de todos eles", afirmou Gottelli, zoóloga.
O fato de terem ninhadas com o DNA de vários pais pode ameaçar a diversidade genética da espécie, que normalmente é baixa.
Guepardo em uma reserva africana
"Se os filhotes são mais variados em termos de genética, isso permitirá que eles se adaptem muito bem e se desenvolvam em diferentes circunstâncias na natureza", disse Gottelli, zoóloga.
A população é estimada acima de 12 000 animais, porém eles enfrentam ameaças como a perda de seu habitat e a caça clandestina, mas por incrível que pareça, o homem não é o maior responsável pelas mortes de guepardos, embora contribua muito para tal. De certa forma, os "culpados" são os leões e as hienas, que chegam a matar as chitas por causa de presas já abatidas. A altíssima infidelidade entre a maioria de chitas fêmeas, também poderá ajudar a proteger os filhotes do ataque de alguns machos (alguns costumam comer os próprios filhotes se não estiverem vigiados constantemente pela mãe).
"Esta pesquisa não foi feita entre os guepardos localizados em zona selvagens, somente com os exemplares de Zoológico e os de reservas naturais, como foi constatado com vários leões e leopardos, também na Tanzânia", África, contou Gottelli, zoóloga.[7]
Guepardos na cratera de Ngorongoro
[editar]Em relação aos machos
Os machos da espécie são muito sociáveis e são preparados para a vida social formando grupos quando jovens. Esses grupos são chamados coligações. A coligação como um todo contribui para unir os membros do grupo. Os machos são muito territoriais. O tamanho do território, também depende dos recursos que estiverem disponíveis, podendo variar de 37 a 160 km². Machos costumam marcar seus territórios urinando em objetos como árvores, troncos e rochas por exemplo. Os machos tentam matar qualquer intruso que o mesmo possa expulsar, e as lutas variam de lesões leves até a morte.
Machos de guepardo adotam os filhotes perdidos ou órfãos de outros guepardos e os criam como se fossem seus próprios filhotes, eles fazem o papel de pai e mãe. Algo extremamente incomum no reino animal, principalmente entre os guepardos, já que os machos costumam matar seus próprios filhotes, isto se a mãe não estiver sob uma vigília constante. Os guepardos machos são completamente ausentes na criação dos filhotes, ficando com as fêmeas somente na época do acasalamento, o que de certa forma contribui para a relativamente baixa variabilidade genética dos guepardos, já que vários filhotes possuem um mesmo pai.
[editar]Maneiras de se comunicar
Guepardo no Quénia
O guepardo não pode rugir, ao contrário de outros grandes felinos, porém possui as seguintes vocalizações:
Pios: Quando os guepardos tentam encontrar uns aos outros, ou a mãe tenta localizar as crias, utiliza um chamado de alta-frequência, quase latindo. O pios são feitos pelos filhotes de guepardos, quando tentam encontrar a mãe.
"Gagueira": Esta vocalização é emitido por um guepardo durante encontros sociais. Uma "gagueira" pode ser vista como um convite a outros guepardos, uma expressão de interesse, a incerteza, apaziguamento, ou durante as reuniões com o sexo oposto.
Rosnado: Acontece quando o guepardo se sente ameaçado, e quer se proteger de algum predador, embora a defesa mais usada pelo guepardo seja correr.
Ronrono: Esta é uma versão mais "amigável" do rosnado, normalmente é apresentado quando perigo se afasta. Observação: A chita é o único dos grandes felinos que consegue ronronar.
[editar]Hábitos alimentares e dieta
Chita comendo um impala
A chita é um animal carnívoro. Alimenta-se essencialmente de mamíferos abaixo dos 40 kg, incluindo gazelas, antílopes, zebras, impalas, filhotes de gnu, lebres, aves e quando tem vontade, pode comer até insetos. A presa é seguida, silenciosa e vagarosamente, numa distância que varia, em média, de dez a trinta metros, até ser atacada de surpresa. A perseguição que se segue dura geralmente menos de um minuto ou um minuto, durando no máximo um minuto e meio, e se a chita falha uma captura rápida, desiste, com o intuito de não gastar energia desnecessariamente, pois seu corpo superaquece, porém, mais da metade dos ataques são vitoriosos, 70% em média, ficando atrás apenas do cão-selvagem-africano, que obtém 80% de sucesso em suas caçadas. Durante a caça, o guepardo pode atingir por volta de 115 a 120 km/h em apenas 4 segundos, isso equivale a aceleração de um carro de Fórmula 1. Com isso, após a caça, a chita fica exausta, o que facilita a perda da presa capturada para animais como a hiena e o leão por exemplo. Depois que o guepardo pega a presa, leões e hienas percebem o cheiro de carne fresca e vêm disputá-la com o guepardo. Ele, muitas vezes, sai de perto, discretamente, evitando brigas, pois é mais fraco que estes outros animais.
[editar]Reprodução
Chita em um zoo
Guepardo-da-áfrica-central (Acinonyx jubatus soemmeringii)
Os machos atingem a maturidade sexual a partir dos dois anos e meio ou três anos. A fêmea, um pouco mais precoce (dois anos) pode gerar de um a seis filhotes, depois de uma gestação de 90 a 95 dias. As crias podem pesar entre 150 e 300 gramas e nascem cegos, completamente indefeso. O desmame ocorre cerca de seis meses após o parto e, entre os 13 e 20 meses, abandonam a guarda da mãe para passarem a ter uma vida independente. Ao contrário de outros felinos, as fêmeas não têm um verdadeiro território próprio e demarcado, parecendo, no entanto, evitar a presença das outras. Os machos podem, eventualmente, juntar-se em grupos, especialmente se nasceram na mesma ninhada. Os guepardos, ou chita, não se reproduzem bem em cativeiro. Uma das principais preocupações dos guepardos é com os seus filhotes: é muito comum eles serem comidos por felinos mais fortes, como os leões e outros animais, como a hiena por exemplo. Tais encontros perigosos não são raros, de forma que a mãe guepardo tem de distrair o predador em questão chamando a atenção para si enquanto os filhotes fogem para um local mais seguro. A tática é funcional visto que sua habilidade e velocidade favorecem as manobras de esquiva de possíveis ataques do agressor.
A chita pode viver de 15 a 20 anos sob as condições de alimentação e reprodução normais.
[editar]Classificação
Dois guepardos
[editar]Subespécies
Guepardo asiático, (Acinonyx jubatus venaticus), que também está presente no Norte da África (Argélia, Djibuti, Egito, Mali, Mauritânia, Marrocos, Níger, Tunísia e Saara Ocidental) e na Ásia (Afeganistão, Irã, Iraque, Israel, Jordânia, Omã, Paquistão, Arábia Saudita, Síria, e em uma pequena parte da Comunidade dos Estados Independentes).
Guepardo-do-noroeste-africano, (Acinonyx jubatus hecki), presente na África Ocidental (Gana, Mali, Mauritânia, Níger, Senegal) (Benim, Burkina Faso, Gana, Mali, Mauritânia, Níger. Senegal, Benin e Burkina Faso).
Guepardo da áfrica ocidental, (Acinonyx jubatus raineyii), encontrada na África Oriental (Quênia, Somália, Tanzânia e Uganda).
Guepardo do sul da áfrica, (Acinonyx jubatus jubatus), situadas no Sul da África (Angola, Botsuana, República Democrática do Congo, Moçambique, Malawi, África do Sul, Tanzânia, Zâmbia, Zimbabué e Namíbia).
Guepardo da áfrica central, (Acinonyx jubatus soemmeringii), pode ser encontrada na África Central, nos (Camarões, Chade, República Centro-Africana, Etiópia, Nigéria, Níger e Sudão).
Antigamente, os faraós, sultões e Babilônios usavam o guepardo como cão-de-guarda e para caçar antílopes, como se fossem galgos. A subespécie de guepardo mais ameaçada atualmente é a asiática, com pouco mais de 300 exemplares vivendo livremente na natureza, sem contar as populações isoladas e os exemplares que vivem em zoológicos espalhados ao redor do mundo, porém, ainda são estatísticas alarmantes.
[editar]Guepardo asiático
Ver artigo principal: Guepardo asiático
Ilustração de um guepardo asiático
O guepardo asiático, também conhecido como chita asiática (Acinonyx jubatus venaticus), é uma das mais raras e principais subespécies de guepardo, que é endêmica do Irã, embora seja vista com muita dificuldade em outros países do oriente médio, e também já teve como habitat o norte da África e a Índia. Está ameaçada pela caça e destruição do habitat. Restam cerca de 300 exemplares nas zonas áridas do Irã, sem contar algumas populações isoladas, (dados de 2006). Atualmente existe um programa para proteger o guepardo asiático, que é sediado no Irã.[4]
A Ásia é o lar do guepardo asiático e do leopardo-persa que também adota o deserto iraniano como lar. O Irã está actualmente desenvolvendo um programa para proteger a espécie. Como o tópico acima diz, na Índia já foram extintos, devido a intensa caça clandestina. De acordo com uma pesquisa recente permanecem de 400 a 450 exemplares.
É evidente que continue a investigação para a monitoração do guepardo asiático, e a instalação de uma câmera com o fim de estudar mais profundamente a subespécie. O leopardo-persa, apesar de sua situação (com aproximadamente mil exemplares atualmente), ainda corre grave perigo. Junto ao leopardo-persa, o guepardo asiático é o único grande gato que ainda sobrevive no Oriente-médio. Anteriormente o leão também habitava a região.[8]
[editar]Guepardo "Real"
Guepardo "real" - note seu padrão peculiar e característico de pelagem
Por um bom tempo foi classificado erroneamente como uma nova subespécie, Acinonyx rex, (conhecido como King Cheetah em Inglês). Pensava-se que era realmente uma nova subespécie, quando, na realidade, trata-se de uma mutação que torna o sua pelagem diferente dos guepardos "comuns", que ao invés das tradicionais manchinhas redondas, existem manchas igualmente redondas, só que maiores e formando pequenas listras, e daí o nome científico Acinonyx rex, que hoje é considerado como inválido.[9] Os nativos chamam este tipo de guepardo como "leopardo-hiena", e é considerado um animal sagrado pelos nativos, praticamente tanto quanto o leão branco.
O gene recessivo tem de estar presente em ambos os pais, pois a característica está no gene que se manifesta, e esta é apenas uma das razões por que é tão raro tanto na natureza, quanto nos jardins zoológicos. A primeira aparição do guepardo "real" foi no Zimbábue, no ano de 1926. Leia os primeiros relatos do guepardo "real" de que se tem notícia: manchas alongadas e fundidas, formando padrões irregulares, inclusive alterando espessura do pelo; Listras longas ao longo da coluna estendendo-se até à cauda; Como já mencionado no parágrafo acima, é geralmente encontrado no Zimbábue, onde foi registrada sua primeira aparição, nota-se também que é onde se encontra a maioria dos guepardos "reais", guepardos "reais" e guepardos "normais" podem ocorrer em uma mesma ninhada, pois o gene recessivo pode estar presente em guepardos "normais". Este tipo de guepardo é também um pouco maior que os guepardos "comuns".
Filhote de guepardo
[editar]História evolutiva
Teriam evoluído na África durante a época Miocena (de há 26 milhões a 7,5 milhões anos atrás), antes de migrarem para a Ásia. Espécies extintas actualmente incluíam a Acinonyx pardinensis (da época Pliocena), muito maior que a chita actual, encontrada na Europa, Índia e China; a Acinonyx intermedius (Pleistoceno médio), com a mesma distribuição geográfica; a Miracinonyx inexpectatus, Miracinonyx studeri, Miracinonyx trumani (ao longo de todo o Pleistoceno), também chamado de chita americana, cujos fósseis foram encontrados na América do Norte, como diz o próprio nome, e a Acinonyx kurteni, do período plioceno, encontrado na China.
Guepardo descansando
Aventou-se recentemente, no entanto, que o gênero norte-americano Miracinonyx seria um exemplo de convergência evolutiva, constituindo-se então, não num parente próximo da atual chita, mas numa forma corredora do puma, ou suçuarana como é chamada no Brasil.
[editar]Estado de conservação
As crias de guepardo sofrem de elevados índices de mortalidade devido a factores genéticos e à predação por parte de carnívoros que competem com esta espécie, como o leão e a hiena. Alguns biólogos defendem a teoria de que, em resultado da procriação consanguínea, o futuro da espécie possa estar comprometido, mas atualmente, alguns cientistas estão recuperando a diversidade da chita por meio de Engenharia Genética. As chitas estão incluídas na lista de espécies vulneráveis da IUCN (no português, União Internacional pela Conservação da Natureza), como espécie africana ameaçada e subespécie asiática em situação crítica.
Guepardos em zoológico
É considerada uma espécie vulnerável no Apêndice I da CITES (Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção). Existem aproximadamente 12 400 guepardos na África, distribuidos em 25 países, e vivendo em estado selvagem. Em relação ao tamanho territorial, a Namíbia possui 2.500 indivíduos, o maior número que atualmente pode ser apresentado. A Namíbia também possui o maior número de chitas saudáveis e como consequência, com uma boa diversidade genética, um quesito que os guepardos são carentes por razão do efeito de gargalo sofrido pela espécie.
[editar]Importância econômica
A pele do guepardo, ou chita como é conhecido este felino, foi durante muito tempo, considerada como um símbolo de status. No Egito antigo era muito frequente a sua utilização como animal de estimação, já que os mesmos podem ser domesticados, com cautela, claro, por tratar-se de um animal selvagem. Hoje têm uma importância económica crescente devido ao ecoturismo, além de se encontrarem vários exemplares distribuídos por jardins zoológicos em todo o mundo. Como são muito menos agressivos que outros felinos de grande porte, as crias são facilmente vendidas como animais de estimação, principalmente na África, já que na Ásia é mais dificil de se capturar os filhotes devido a proteção que tem, principalmente no Irã, (na Ásia os guepardos são bem mais protegidos a este tipo de tráfico).
Guepardo em zoológico da Alemanha
Este comércio é ilegal, já que a propriedade privada de animais selvagens ou espécies ameaçadas de extinção é proibida pelas inúmeras convenções internacionais. O guepardos foram perseguidos e caçados durante muito tempo pelos agricultores e pastores que os acusavam de matar os rebanhos. Quando tal espécie começou a ficar ameaçada de extinção, (vulnerável), promoveram-se inúmeras campanhas com o intuito de informar e educar ambiental e mentalmente os fazendeiros, incentivando-os a proteger este animal, e não matá-lo. O guepardo asiático também foi muito caçado, o que contribuiu para a diminuição desta subespécie, o motivo para esta excessiva caça também era cobiçada pele, e como consequência, atualmente está em perigo crítico de extinção com pouco mais de 300 a 450 exemplares vivendo na natureza e muitos outros vivendo em vários zoológicos do mundo. Recentemente, guepardos asiáticos foram localizados para serem colarizados e monitorados, no Irã, para asegurar o futuro desta subespécie de guepardo.[10]
o hipopotamo
Hipopótamo (do grego ἱπποπόταμος, composto de ιππος, "cavalo", e πόταμος, "rio") o nome genérico de um mamífero ungulado de grande porte pertencente à família Hippopotamidae. É um artiodátilo mamífero, próprio da África, de pele muito grossa e nua, patas e cauda curtas, cabeça muito grande e truncada num focinho largo e arredondado.
Índice [esconder]
1 Comportamento
2 Descrição
3 Classificação
4 Curiosidades
[editar]Comportamento
Hipopótamos passam a maior parte de seus dias dentro da água ou da lama com os outros membros de seu grupo. A água serve para manter a temperatura do corpo baixa e para não deixar sua pele ficar seca. A maioria dos hipopótamos vive lutando com outros hipopótamos e sua reprodução ocorre na água.
Hipopótamos saem da água ao entardecer e viajam para o interior, às vezes até 8 km, para pastar na grama curta, a sua principal fonte de alimento. Estes grandes animais podem consumir 68 kg de grama a cada noite. Como quase qualquer herbívoro, eles vão consumir muitas outras plantas, mas sua dieta natural é composta quase só de grama, com apenas o consumo mínimo de plantas aquáticas. Hipopótamos já (raramente) foram filmados comendo carniça, geralmente perto da água. Existem outros relatos de comer carne, e até mesmo canibalismo e predação. A anatomia do estômago de um hipopótamo não é adequado para a carnivoria e comer carne é provavelmente causado por comportamento aberrante ou estresse nutricional.
A dieta de hipopótamos consiste principalmente de gramíneas terrestres, mesmo com que eles passem a maior parte de seu tempo na água. Por causa de seu tamanho e hábito de tomar os mesmos caminhos para se alimentar, hipopótamos podem ter um impacto significativo sobre a terra, mantendo a terra clara da vegetação e pressionando o chão. Por períodos prolongados, hipopótamos podem desviar os caminhos de pântanos e canais.
Hipopótamos adultos normalmente saem da água para respirar a cada 3-5 minutos. Hipopótamos adultos se movem em velocidades de até 8 km por hora enquanto estão na água. Os jovens têm de respirar a cada dois ou três minutos. O processo de respiração é automático, e até mesmo se ele dormir vai subir e respirar sem acordar. Um hipopótamo fecha suas narinas quando se submerge.
Tal como acontece com peixes e tartarugas em um recife de coral, às vezes o hipopótamo visita "estações de limpeza", e lá quando ele abre a boca é um sinal que os peixes podem limpar parasitas existentes em sua boca. Para muitos peixes, estes parasitas são um alimento.
[editar]Descrição
Estes animais vivem geralmente próximo de rios, onde passam grande parte do seu tempo imersos, pois eles tem uma pele sensível a luz solar. Os hipopótamos são herbívoros e alimentam-se durante a noite da vegetação existente nas margens dos rios que habitam, mas há indícios de canibalismo de machos adultos com filhotes.
Os hipopótamos são preguiçosos em terra, mas ainda podem atingir velocidades de 50 km/h. Na água são rapidos e mostram diversas adaptações em sua existência, na maior parte aquática, inclusive orelhas e narinas que podem se fechar e uma secreção da pele que funciona como protetor solar, anti-séptico e anti-bacteriano. A pele dos hipopótamos é muito sensível a queimaduras solares e, para se proteger, segrega uma substância de cor vermelha que ao longe pode ser confundida com sangue.
Um hipopótamo macho adulto (que é quase sempre maior do que a fêmea) pode medir 4 metros e chegar a 3500 kg, sendo um dos maiores mamíferos terrestres, atras apenas dos elefantes e rinocerontes.
Eles tem uma mordida extremamente forte em torno de 810 kg, mais do dobro da mordida de um leão.
O único predador natural dos hipopótamos são os leões que os caçam em bandos.
Os hipopótamos são animais grandes, com uma dentição herbívora, mas têm caninos grandes e auto afiáveis que são usados para se defender.
Eles causam mais mortes de humanos na áfrica do que os leões, búfalos, elefantes e rinocerontes juntos, são muito agressivos e territoriais, eles avisam antes de atacar, geralmente ele fica encarando e depois abre sua grande boca para mostrar os dentes, mas muitas pessoas confundem com um bocejo.
Um crânio de hipopótamo
Vivem em grupos gregários com cerca de vinte animais, constituídos pelas fêmeas e crias e liderados por um macho.
Podem viver em média 30 anos, porém, em cativeiro, indivíduos da espécie hipopótamo-pigmeu vivem entre 42-55 anos, mais do que na selva. Recobre-o uma rugosa pele cinzenta - que em alguns pontos tem mais de 5 cm de espessura - e sustenta-se sobre pernas muito curtas. Uns ralos pêlos espalham-se pelo corpo.
O hipopótamo é um ótimo nadador. Como a gordura é mais leve que a água, e está acumulada sob a espessa pele, ajuda-o a flutuar. Além disso, a gordura estabiliza a temperatura interna do animal, quando está dentro da água.
Os hipopótamos eram sagrados para os antigos egípcios. A deusa da fertilidade, Tuéris, foi representada como um hipopótamo bípede.
Os hipopótamos são animais sociais, vivendo em grupos de 10 a 30 animais, embora grupos de mais de uma centena já tenham sido observados. Os grupos possuem várias fêmeas e machos mas apenas um macho alfa. A mediação de encontros entre machos de um mesmo grupo é feita através da prática do "gaping", sem tradução em português, que consiste no enfrentamento de dois machos dentro da água e na abertura de suas bocas em um ângulo de até 140 graus, de modo que oferecer ao adversário uma estimativa de tamanho, submetendo assim os indivíduos menores e evitando confrontos físicos que poderiam ferir a ambos.
Outro comportamento curioso é chamado de "flinging", por meio do qual os hipopótamos espalham suas fezes ao longo da linha de areia do rio, bem como ao longo de suas trilhas em direção aos campos de pastagem, de modo a facilitar sua locomoção sem o uso dos olhos, percorrendo trilhas de retorno à água com a ajuda do faro mesmo na ausência de luminosidade.
[editar]Classificação
Segundo Boisserie (2005) a sistemática e taxonomia da família seria:
Gênero Hippopotamus Linnaeus, 1758 - Hipopótamos verdadeiros
Hippopotamus amphibius Linnaeus, 1758 - Hipopótamo-comum ou Hipopótamo-do-Nilo
Hippopotamus amphibius amphibius Linnaeus, 1758
Hippopotamus amphibius capensis Desmoulins, 1825
Hippopotamus amphibius constrictus Zukowsky, 1924
Hippopotamus amphibius kiboko Heller, 1914
Hipopótamos por Silvio Tanaka.
Hippopotamus amphibius tschadensis Schwarz, 1914
†Hippopotamus antiquus Desmarest, 1822 - Hipopótamo-europeu
†Hippopotamus creutzburgi Boekschoten e Sondaar, 1966 - Hipopótamo-pigmeu-de-creta
†Hippopotamus creutzburgi creutzburgi Boekschoten e Sondaar, 1966
†Hippopotamus creutzburgi parvus Kuss, 1975
†Hippopotamus minor Desmarest, 1822 - Hipopótamo-anão-do-chipre
†Hippopotamus melitensis Major, 1902 - Hipopótamo-pigmeu-de-Malta
†Hippopotamus pentlandi Von Meyer, 1832 - Hipopótamo-pigmeu-da-Sicília
†Hippopotamus lemerlei Grandidier, 1868 - Hipopótamo-pigmeu-de-Madagascar
†Hippopotamus laloumena Fauré e Guerin, 1990 - Hipopótamo-pigmeu-de-Madagascar
†Hippopotamus gorgops Dietrich, 1928
Espécies possivelmente pertencentes ao gênero Hippopotamus:
†Hippopotamus aethiopicus (Coryndon e Coppens, 1975)
†Hippopotamus karumensis (Coryndon, 1977)
†Hippopotamus protamphibius (Arambourg, 1944)
†Hippopotamus coryndoni Gèze, 1985
†Hippopotamus afarensis Gèze, 1985
Hipopótamos-pigmeus
Gênero Heprotodon Falconer e Cautley, 1836
†Hexaprotodon palaeindicus (Falconer e Cautley, 1847) - Hipopótamo-indiano
†Hexaprotodon namadicus (Falconer e Cautley, 1847) - Hipopótamo-pigmeu-indiano
†Hexaprotodon bruneti Boisserie e White, 2004 - Hipopótamo-de-Afar
†Hexaprotodon sivalensis Falconer e Cautley, 1836 - Hipopótamo-de-Sivalik
†Hexaprotodon dulu Boisserie, 2004 - Plioceno Inferior, Formaçao Sagantole, Vale do Médio Awash valley, Afar, Etiópia
†Hexoprotodon sp. - Hipopótamo-do-Myanmar
Gênero †Archaeopotamus Boisserie, 2005
†Archaeopotamus harvardi (Coryndon, 1977)
†Archaeopotamus lothagamensis (Weston, 2000)
e mais 2 espécies ainda não descritas
Choeropsis liberiensis liberiensis (Morton, 1849)
Choeropsis liberiensis heslopi Corbet, 1969 (possivelmente extinto)
†Choeropsis madagascariensis (Guldberg, 1883) - Hipopótamo-pigmeu-de-Madagascar
Gênero †Saotherium Boisserie, 2005
†Saotherium mingoz (Boisserie et al., 2003)
a gazela
Gazela é o nome vulgar dado aos mamíferos bovídeos do género Gazella. O grupo reúne pequenos antílopes da África e da Ásia, de pernas longas e chifres espiralados, presentes em ambos os sexos. As gazelas vivem em manadas e têm um temperamento nervoso e assustadiço. Os filhotes são muito vulneráveis contra os predadores. Quando pequenas, as gazelas não têm cheiro. Com essa vantagem, os pais escondem sua cria no pasto mais alto, dificultando a ação dos predadores. São animais extremamente velozes, podendo chegar aos 70 km/h. Têm boa visão e uma excelente audição.
[editar]Etimologia
"Gazela" é oriundo do árabe gazaiâ[1].
[editar]Espécies
G. bennettii
G. cuvieri
G. dama
G. dorcas, gazela-dorcas
G. gazella
G. granti, gazela-de-grant
G. leptoceros
G. rufifrons
G. rufina (extinta)
G. bilkis (extinta)
G. remor
G. leptoceros
G. soemmerringii
G. spekei
G. subgutturosa, gazela-persa
G. thomsonii, gazela-de-thomson
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