quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
pavão
Chama-se pavão a aves dos géneros Pavo e Afropavo da família dos faisões (Phasianidae). Os pavões preferem alimentar-se de insetos e outros pequenos invertebrados, mas também comem sementes, folhas e pétalas. Os pavões exibem um complicado ritual de acasalamento, do qual a cauda extravagante do macho teria um papel principal. As características da cauda colorida, que chega a ter dois metros de comprimento e pode ser aberta como um leque, não têm qualquer utilidade quotidiana para o animal e seriam um exemplo de seleção sexual. Quando o processo é bem sucedido, a pavoa põe entre 4 a 7 ovos, que chocam ao fim de 28 dias.
A cauda dos pavões gerou o interesse de várias culturas, pela sua exuberância de cores e beleza das penas, e justificou a sua criação em cativeiro. Já foram criadas diversas variedades por seleção artificial que apresentam plumagem branca, negra, púrpura, entre outras cores.
No topo de cada fileira de penas do pavão você verá um ocelo redondo e brilhante, ou um pequeno olho. Ocelo deriva do latim "oculus", que significa "olho". Esses pontos iridescentes são o que dão a dimensão exótica às plumas.
Em um estudo realizado no Japão, foi contestada a crença por trás da ornamentação das plumas do pavão, se concluindo que quanto mais o macho se agitar diante de uma fêmea, mais chance ele teria de conquistá-la. Por conta dessa interação, os pesquisadores dizem que talvez sejam seus movimentos e gritos de acasalamento - e não os famosos ocelos - que mais atraiam as fêmeas. Durante um estudo de sete anos dos rituais de acasalamento dos pavões, os pesquisadores descobriram que mesmo os machos com um leque pouco atraente e com menos ocelos chamaram a mesma atenção que os outros.[1]
[editar]Dimorfismo sexual
Macho (pavão): pescoço azul, com longas penas na cauda (o pavão bombom é a ave com a maior cauda do mundo, e o Pavão Sedentario é o pavão que possui o pescoço mais longo). Fêmea (pavoa): pescoço com um tom verde, com resto das penas cinza. Portanto, o pavão é um animal que apresenta dimorfismo sexual acentuado. Incubação: 27 a 28 dias.
a orca
A orca (Orcinus orca), é o membro de maior porte da família dos golfinhos (Delphinidae) (ordem dos cetáceos) e um superpredador versátil, que inclui na sua dieta presas como peixes, moluscos, aves, tartarugas, focas, tubarões e animais de tamanho maior quando caçam em grupo, como por exemplo baleias. A designação "baleia-assassina" não é a mais correcta por ser uma tradução directa do inglês "killer whale", e pelo facto de o animal não ser uma baleia. É o segundo mamífero de maior área de distribuição geográfica - logo a seguir ao homem - é encontrada em todos os oceanos e pode chegar a pesar nove toneladas.
Têm uma vida social complexa, baseada na formação e manutenção de grupos familiares extensos. Comunicam-se através de sons e costumam viajar em formações que assomam ocasionalmente à superfície. A primeira descrição da espécie foi feita por Plínio, o Velho o qual já a descrevia como um monstro marítimo feroz.
Índice [esconder]
1 Denominação
2 Evolução e taxonomia
3 Características físicas
4 Distribuição geográfica
5 Interação social
6 Alimentação
7 Sons
7.1 Ficheiros áudio
8 As Orcas na história
9 As orcas e o homem moderno
9.1 Caça
9.2 Cativeiro
9.3 Cultura popular
9.4 Ameaças ambientais
10 Bibliografia
11 Referências
12 Ver também
13 Ligações externas
[editar]Denominação
O nome orca foi dado a estes animais pelos antigos romanos do nome "Orcus", que significa inferno ou deus da morte, e o nome do seu género biológico - "Orcinus" - significa "do reino da morte" (ver Orcus). A partir da década de 60, quando ganharam popularidade entre os espectadores de oceanários, o termo neutro "orca" foi mais utilizado do que "baleia assassina", o qual conota um comportamento incompatível com objetivo desses parques.
[editar]Evolução e taxonomia
A orca é a única espécie do género Orcinus e foi originalmente descrita por Lineu em 1758 no Systema Naturae.[2] É uma das trinta e cinco espécies da família dos golfinhos. Tal como o género Physeter, também com apenas uma espécie (o cachalote), o género Orcinus caracteriza-se por um população abundante sem parentes imediatos do ponto de vista da cladística. Os paleontólogos acreditam que a orca pode ter tido, provavelmente, um passado evolucionário anagenético; isto é, uma evolução de ancestral para descendente sem se verificar qualquer ramificação da linha genética (formação de espécies aparentadas, coexistindo no tempo). Se assim fosse, a orca passaria a ser uma das mais antigas espécies de golfinhos, ainda que seja pouco provável que seja tão antiga quanto a própria família, cujo início é datado em cerca de cinco milhões de anos. No entanto, há pelo menos três a cinco tipos de orcas que são suficientemente distintas para serem consideradas raças, subespécies, ou possivelmente mesmo espécies. Nas décadas de 1970 e 80, pesquisas ao longo da costa ocidental do Canadá e Estados Unidos identificaram três tipos:
Residentes: A mais comummente avistada das três populações na águas costeiras do Pacífico nordeste, incluindo em Puget Sound. A dieta das orcas residentes consiste principalmente de peixe e lula e vivem em grupos familiares complexos e coesos. Os laços familiares duram a vida inteira, muitas vezes vivendo em grupos matrilineares grandes e fazendo vocalizações em dialectos muito variáveis e complexos. "A unidade básica da sociedade de orcas residentes é a mãe, todos os seus descendentes dependentes (com aproximadamente dez anos ou menos), assim como a sua descendência adulta, incluindo os filhos destes. As fêmeas podem eventualmente passar menos tempo com as suas mães, à medida que forem produzindo crias suas, mas machos residentes parecem permanecer com as suas mães as suas vidas inteiras. Deixam-nas por períodos curtos para acasalar fora do seu grupo maternal, mas voltam para as suas mães depois disso."[3] Fêmeas residentes têm caracteristicamente uma barbatana dorsal arredondada que termina num canto agudo. São conhecidas por visitar a mesmas áreas consistentemente. Nas populações residentes da Colúmbia Britânica e Washington investigadores identificaram e nomearam mais de 300 orcas ao longo dos últimos 30 anos.
Temporárias: A dieta destes animais consiste quase exclusivamente de mamíferos marinhos; eles não comem peixe. No sul do Alasca viajam geralmente em pequenos grupos, normalmente de dois a seis animais. Ao contrário das residentes, não permanecem sempre nas suas unidades familiares. As unidades consistem de grupos menores com laços familiares menos permanentes e com vocalizações em dialectos menos variáveis e menos complexos. As fêmeas possuem barbatanas dorsais mais triangulares e pontiagudas do que as residentes. A área cinzenta ou branca à volta da barbatana dorsal, conhecida como "sela", muitas vezes contém alguma coloração preta nas residentes. Em populações temporárias são uniformemente cinzentas. Estas populações transitam largamente ao longo da costa tendo alguns indivíduos sido avistados no sul do Alasca e mais tarde na Califórnia.
Orcas do tipo C no Mar de Ross. A mancha ocular é inclinada para a frente.
Offshore (população em alto mar): Estes animais foram descobertos em 1988 pelo investigador Jim Darling, que avistou algumas orcas no mar aberto. Estas cruzam os oceanos e alimentam-se primariamente de peixes em cardumes. No entanto, a presença de barbatanas dorsais cicatrizadas e danificadas semelhantes às presentes na caçadoras das transeuntes caçadoras de mamíferos, mostra a possibilidade de que estas comam mamíferos e tubarões. Tem sido maioritariamente encontradas ao largo da costa ocidental da Ilha Vancouver e perto das Ilhas da Rainha Carlota. Foram avistadas as viajar em grupos de 60 animais. Atualmente, sabe-se pouco sobre os hábitos desta população, mas podem ser distinguidos geneticamente de residentes e temporárias. Offshores parecem ser menores do que as residentes e as em trânsito, e as fêmeas são caracterizadas pela ponta da barbatana dorsal que é arredondada.
Parece haver uma correlação entre a dieta de uma população e o seu comportamento social. Orcas piscívoras no Alasca e na Noruega foram também observadas tendo estruturas sociais semelhantes às residentes. Orcas que se alimentam de mamíferos na Argentina e Ilhas Crozet foram observadas tendo comportamento mais parecido com as temporárias.[4] Temporárias e residentes vivem nas mesmas áreas, mas tendem a evitar-se mutuamente. O nome temporária originou na crença que estes animais tinham sido expulsos das populações residentes maiores. Julga-se que a divergência evolutiva entre estes dois grupos começou há dois milhões de anos.[5] Pesquisa genética recente descobriu que os tipos não se cruzam há até 10 000 anos.[6] Três tipos de Orcas foram recentemente descritas no Antárctico.
O Tipo A parece uma orca "típica", vive em águas abertas e alimenta-se principalmente de baleia-minke-antártica.
O Tipo B é menor que o Tipo A. Tem uma mancha ocular grande e uma mancha cinzenta nas costas, chamada de "capa dorsal". Alimenta-se principalmente de focas.
O Tipo C é o tipo menor de todos e vive em grupos maiores do que qualquer outro tipo de orca. A sua mancha ocular está distinctamente inclinada para a frente, ao invés de paralela ao eixo do corpo. Tal como o tipo B, tem uma capa dorsal. A sua única presa observada até ao momento é o Dissostichus mawsoni (bacalhau-do-Antárctico). Orcas do tipo B e C vivem perto da calota polar antárctica, e a presença de diatomáceas nestas águas pode ser responsável pela cor amarelado dos dois tipos. Está a ser feita investigação no sentido de descobrir se as Orcas do tipo B e C são espécies diferentes.[7][8]
[editar]Características físicas
A barbatana dorsal, maior nos machos, além do porte, ajuda a distinguir os géneros
Estes animais caracterizam-se por terem o dorso negro e a zona ventral branca. Têm ainda manchas brancas na parte lateral posterior do corpo, bem como acima e detrás dos olhos. Com um corpo pesado e entroncado, têm a maior barbatana dorsal do Reino animal, que pode medir até 1,8 metros de altura (maior e mais erecta nos machos que nas fêmeas). Os machos podem medir de 9,8 até 10 metros de comprimento e pesar até 9 - 10.000 Kg (9 - 10 toneladas); as fêmeas são menores, chegando aos 8,5 metros e 6.500 - 7.500 Kg (entre 6 e 8 toneladas), respectivamente. As crias nascem com cerca de 180 kg e medem cerca de 2,4 metros de comprimento.
As orcas macho de maiores dimensões têm um aspecto distinto que não dá margem para confusões ao serem identificados. Contudo, vistas à distância em águas temperadas, as fêmeas e as crias podem confundir-se com outras espécies, como a falsa-orca ou o golfinho-de-risso.
A maior parte dos dados sobre a vida das orcas foi obtida em pesquisas de longa duração com populações da costa da Columbia Britânica e de Washington, bem como pela observação de animais em cativeiro. A informação disponível sobre esta espécie é avultada e está devidamente sistematizada pelos naturalistas, o que se deve também à natureza altamente estruturada dos grupos sociais destes animais. Contudo, grupos transitórios ou residentes noutras áreas geográficas podem ter características ligeiramente diferentes. As fêmeas atingem a maturidade sexual aos 15 anos de idade. A partir dessa altura, têm períodos de ciclo poliestral (cio regular e contínuo) com períodos sem o ciclo estral que podem durar de três a dezesseis meses. As fêmeas podem dar à luz uma só cria, uma vez cada cinco anos. Nos grupos sociais analisados, os nascimentos podem ocorrer em qualquer época do ano, havendo uma certa preferência pelo inverno. A mortalidade dos recém-nascidos é elevada - os resultados de uma investigação sugerem que cerca de metade das crias morrem antes de atingir os seis meses. Os filhotes são amamentados até aos dois anos de idade, mas com doze meses já se alimentam de comida sólida. As fêmeas são férteis até aos 40 anos, o que, em média, significa que podem ter até cinco crias. A esperança de vida das fêmeas é, geralmente, de cinquenta anos, ainda que em casos excepcionais possam viver até aos noventa anos. Os machos tornam-se sexualmente activos com 15 anos de idade e chegam a viver até aos 30 anos (ou até aos 50, em casos excepcionais).
[editar]Distribuição geográfica
Distribuição geográfica da espécie (a azul).
A orca é o segundo mamífero com maior área de distribuição geográfica no planeta, logo a seguir ao ser humano. Encontram-se em todos os oceanos e na maior parte dos mares, incluindo (o que é raro, para os cetáceos) o mar Mediterrâneo e o mar da Arábia. As águas mais frias das regiões temperadas e das regiões polares são, contudo, preferidas. Ainda que se encontrem por vezes em águas profundas, as áreas costeiras são geralmente preferidas aos ambientes pelágicos.
Existem populações de orcas particularmente concentradas na zona nordeste da Bacia do Pacífico, onde o Canadá faz curva com o Alasca, ao longo da costa da Islândia e na costa setentrional da Noruega. São frequentemente avistadas nas águas antárcticas, acima do limite das calotas polares. De facto, crê-se que se aventuram abaixo da calota de gelo, sobrevivendo apenas com o ar presente em bolsas de ar situadas abaixo do gelo, tal como faz a beluga. No Ártico, contudo, a espécie é raramente avistada no inverno, não se aproximando da calota polar, visitando estas águas apenas no verão.
A informação sobre outras regiões é escassa. Não existe uma estimativa para a população global total. Estimativas locais indicam cerca de 70 a 80 000 na Antárctida; 8 000 no Pacífico tropical (ainda que as águas tropicais não sejam o ambiente preferido destes animais, a grande dimensão desta área oceânica - 19 milhões de quilómetros quadrados - significa que poderão aí viver milhares de orcas); cerca de 2 000 junto ao Japão; 1 500 nas águas mais frias do nordeste do Pacífico e 1 500 junto à Noruega. Se juntarmos os dados de estimativas menos precisas sobre áreas menos investigadas, a população total poderá ascender aos 100 000.
[editar]Interação social
As orcas emergem frequentemente o seu corpo da água, num movimento designado pelo termo em inglês spyhopping - uma espreitadela cujo significado os cientistas ainda discutem.
As orcas têm um sistema social de agrupamento bastante complexo: a unidade básica é a linha matriarcal que consiste numa única fêmea, mais velha, e os seus descendentes. Os filhos e filhas da matriarca fazem parte desta linha, tal como os filhos e filhas destas últimas filhas - contudo, os filhos e filhas de qualquer um dos filhos passarão a viver com a linha matriarcal das suas companheiras de acasalamento) - e assim sucessivamente, ao longo da árvore genealógica destes animais. Como as fêmeas podem viver até cerca de noventa anos, não é raro encontrar quatro ou mesmo cinco gerações de orcas a viver na mesma linha. Estes grupos matrilineares são muito estáveis e mantêm-se durante anos. Os seus elementos apenas os abandonam, nunca mais de algumas horas, com o fim de procurar alimento ou acasalar. Não há registo de nenhuma expulsão de um indivíduo destes grupos. O tamanho médio de uma linha matriarcal é de cerca de nove animais, segundo as estatísticas efectuadas junto às orcas do Pacífico nordeste.
As linhas matriarcais têm alguma tendência a juntarem-se a outras, de forma a constituírem grupos que têm, em média, cerca de 18 indivíduos. Os membros de um grupo partilham do mesmo dialecto (os sons distintivos da espécie), havendo indícios de que são todos aparentados pelo lado materno. Ao contrário das linhas matriarcais, os grupos podem separar-se nas linhas que os constituem por vários dias ou semanas, em busca de comida, até voltarem a juntar-se. O maior grupo registado tinha 49 membros.
O próximo nível de organização dos grupos de orcas é o "clã", que consiste na reunião dos vários grupos com dialectos semelhantes. Novamente, verifica-se que as relações entre os vários grupos têm um fundamento genealógico, por linha materna. Vários clãs podem partilhar a mesma área geográfica. Há registo de grupos de clãs diferentes viajando em conjunto. Quando grupos residentes se juntam para viajarem como um clã, há um ritual de reconhecimento, com saudações que consistem em colocarem-se em linhas paralelas semelhantes, antes de se misturarem por completo.
O último nível de associação é a comunidade que pode ser definida, vagamente, como o conjunto de clãs que se unem regularmente. As comunidades não partilham, contudo, quaisquer padrões familiares vocais discerníveis.
No nordeste do Pacífico conseguiu-se identificar três comunidades:
A comunidade meridional (1 clã, 3 grupos e 83 orcas em 2000)
A comunidade setentrional (3 clãs, 16 grupos e 214 orcas em 2000)
A comunidade do Sul do Alasca (2 clãs, 11 grupos e 211 orcas em 2000)
Deve-se enfatizar que estas hierarquias são apenas válidas para grupos sedentários ou residentes. Grupos nômadas, caçadores de mamíferos, são, na generalidade, menores porque, ainda que se baseiem em linhas matriarcais, nota-se uma maior tendência dos machos para levarem uma vida isolada. Contudo, grupos nómadas mantém uma vaga coesão definida pelos seus dialectos.
O comportamento quotidiano das orcas é, geralmente, dividido em quatro actividades básicas: busca de alimento, viagem, descanso e socialização. Esta última costuma ser acompanhada de comportamentos entusiásticos, exibindo vários tipos de saltos e arremessos do corpo, espreitadelas sobre a água, além de baterem com as barbatanas na água e erguerem a cabeça. Grupos constituídos apenas por machos interagem, frequentemente, com os pénis erectos. Não se sabe se este género de interacção é um comportamento apenas lúdico ou se comporta manifestações de afirmação de papéis de dominação.
[editar]Alimentação
Crânio de uma orca onde se pode observar a sua dentição, adaptada a um regime alimentar essencialmente carnívoro.
As orcas utilizam na sua alimentação uma grande diversidade de presas diferentes. Populações específicas têm tendência a especializar-se em presas específicas, mesmo com o prejuízo de ignorarem outras presas em potencial. Por exemplo, algumas populações do mar da Noruega e da Groenlândia são especializadas no arenque, seguindo as rotas migratórias deste peixe até à costa norueguesa, em cada outono. Outras populações preferem caçar focas.
A orca sendo da família dos golfinhos é o único cetáceo que caça regularmente outros cetáceos. Há registos de vinte e duas espécies de cetáceos caçadas por orcas, seja pelo exame do conteúdo do estômago, seja pela observação das cicatrizes no corpo de outros cetáceos ou, simplesmente, pela observação do seu comportamento alimentar. Grupos de orcas chegaram mesmo a atacar baleias comuns, baleias-de-minke, baleias-cinzentas ou, mesmo, jovens baleias-azuis. Neste último caso, os grupos de orcas perseguem a cria de baleia azul, em conjunto com a sua mãe, até ao esgotamento de ambas. Por vezes conseguem separar o par. De seguida, rodeiam a jovem baleia, impedindo-a de subir à superfície onde esta precisa de tomar ar para respirar. Assim que a cria morre afogada, as orcas podem alimentar-se sem problemas.
Há também um caso registado de provável canibalismo. Um estudo levado a cabo por V. I. Shevchenko nas áreas temperadas do Sul do Pacífico em 1975 registou a existência de restos de outras orcas no estômago de dois machos. Das 30 orcas capturadas e examinadas nesta pesquisa, 11 tinham o estômago completamente vazio. Uma percentagem invulgarmente alta que indicia que o canibalismo foi forçado, devido à falta extrema de alimento.
Mais frequentemente, contudo, as orcas predam cerca de 30 espécies diferentes de peixes, nomeadamente o salmão (incluindo salmão-real e salmão-prateado), arenques e atum. O tubarão-frade, o tubarão-galha-branca-oceânico e, com apenas um caso documentado, um jovem tubarão-branco, são também caçados pelos seus fígados altamente nutritivos, acreditando-se também que são caçados no sentido de eliminar ao máximo a competição. Outros mamíferos marinhos, incluindo várias espécies de focas e leões marinhos são também procurados pelas populações que vivem nas regiões polares. Morsas ou lontras marinhas são também caçadas, mas menos frequentemente. A sua dieta inclui ainda sete espécies de aves, incluindo todas as espécies de pinguins ou aves marinhas, como os corvos-marinhos. Alimentam-se também de cefalópodes, como o polvo ou lulas.
As orcas são muito inventivas, e de uma crueldade brincalhona impressionante nas suas matanças. Por vezes, atiram focas umas contra as outras, pelo ar, de modo a atordoá-las e matá-las. Enquanto que os salmões são, geralmente, caçados por uma orca isolada ou por pequenos grupos, os arenque são muitas vezes apanhados pela técnica da captura em carrossel: as orcas forçam os arenques a concentrarem-se numa bola apertada, cercando-os e assustando-os soltando bolhas de ar ou encandeando-os com o seu ventre branco. As orcas batem, então, com os lobos da cauda sobre o grupo arrebanhado, atordoando ou matando cerca de 10 a 15 arenques com cada pancada. A captura em carrossel só foi documentada na população masculina de orcas de Tysfjord (Noruega) e no caso de algumas espécies oceânicas de golfinhos. Os leões marinhos são mortos por golpes de cabeça ou pancadas com os lobos da cauda. Esse tipo de ataque deve-se, principalmente, ao fato de a mordedura das orcas não possuir característica de impacto suficiente para provocar a morte da presa sem causar ferimentos e/ou danos ao animal. Apesar da presença de dentes, estes não são suficientemente grandes para causar a morte da presa.
Outras técnicas mais especializadas são utilizadas por várias populações no mundo. Na Patagónia, as orcas alimentam-se de leões marinhos dos sul e crias de elefantes marinhos, forçando as presas a dar à costa, mesmo correndo o risco de elas mesmas ficarem, temporariamente, em terra. As orcas observam o que se passa à superfície, através de um comportamento designado de spyhopping, que lhes permite localizar focas a descansar sobre massas de gelo flutuante. A técnica consiste em criar uma onda que obrigue o animal a cair à água, onde outra orca o espera, para o matar.
Em média, uma orca come cerca de 220 kg de comida por dia.[9] Com uma tal variedade de presas e sem outros predadores que não o homem, é um animal bem no topo na cadeia alimentar.
[editar]Sons
As orcas, como esta, observada no Alasca, conseguem arremessar totalmente o seu corpo para fora de água.
Tal como os outros golfinhos, as orcas são animais com um comportamento vocal complexo. Produzem uma grande variedade de estalidos e assobios usados em comunicação e ecolocalização. Os tipos de vocalização variam com o tipo de atividade. Naturalmente que, enquanto descansam, emitem menos sons, ainda que façam ocasionalmente um chamamento bem distinto daqueles que usam num comportamento mais ativo.
Os grupos sedentários têm uma maior tendência para a vocalização que os grupos nômades. Os cientistas indicam duas razões principais para este fato. Em primeiro lugar, as orcas residentes mantêm-se no mesmo grupo social por muito mais tempo, desenvolvendo, assim, relações sociais mais complexas - o que implica também um maior desenvolvimento local e uma maior partilha de sons próprios do grupo. Os grupos nômades, como ficam juntos por períodos mais passageiros (algumas horas ou dias), comunicam também menos. Em segundo lugar, as orcas nômades têm maior tendência para se alimentarem de mamíferos, ao contrário das orcas residentes, que preferem peixes. As orcas predadoras de mamíferos necessitam, naturalmente, de passar despercebidas pelos animais que pretendem apanhar de surpresa. Usam por isso, apenas estalidos isolados (o chamado "estalido críptico") para ecolocalização, em vez da longa série de estalidos observada noutras espécies.
Os grupos residentes apresentam dialetos regionais. Cada grupo tem as suas próprias "canções" ou conjuntos de assobios e estalidos que são constantemente repetidos. Cada membro do grupo parece conhecer todo o repertório do grupo, de forma que não é possível identificar especificamente um animal apenas pela sua voz - é apenas possível identificar o grupo dialetal. Uma canção pode ser específica de um grupo ou partilhada por vários. O grau de semelhança nas vocalizações de dois grupos distintos parece estar mais relacionada com a proximidade genealógica dos dois grupos que com a proximidade geográfica. Dois grupos que partilhem um conjunto de ancestrais comuns mas que vivam em locais distantes continuarão a ter um repertório de canções muito semelhante. Isto sugere que as canções passem de mãe para filho durante o período de amamentação.
As Orcas na história
Ainda que só tenham sido classificadas como espécie em 1758, a orca já era conhecida pelo ser humano desde tempos pré-históricos. A cultura desértica de Nazca foi responsável pela representação de uma orca, desenhada pelas famosas linhas de Nazca, numa data indeterminada entre 200 a.C. de 600 d. C.
A primeira descrição escrita de uma orca foi da autoria de Plínio, o Velho, na sua História Natural, escrita cerca de 50 a.C.. A aura de invencibilidade, ligada a uma imagem voraz da orca, estava já bem estabelecida por esta altura. Ao assistir à matança pública de uma orca encalhada no porto de Roma, Plínio escreveu: "As orcas (cuja aparência não há imagem que consiga expressar, não era mais que uma enorme massa de carne selvagem com dentes) são inimigas das baleias… Atacam-nas e rasgam-lhes a carne como navios de guerra em golpes bélicos."
Tribos aborígenes do Noroeste do Pacífico da América do Norte, como a Tlingit, Haida, e Tsimshian destacam com frequência a orca na sua religião e artesanato.
[editar]As orcas e o homem moderno
[editar]Caça
As orcas tornaram-se alvo da caça comercial a partir de meados do século XX devido ao esgotamento das reservas de espécies de maior porte. Esta atividade teve um final abrupto em 1981 com a implementação de uma moratória internacional sobre a caça à baleia. O seu enorme tamanho justifica a sua inclusão entre as espécies protegidas pela Comissão internacional para a caça da baleia, mesmo não sendo uma baleia.
O país que mais orcas caçava era a Noruega que capturou, em média, 56 animais por ano, de 1938 a 1981. O Japão capturou, também em média, 43 orcas por ano, de 1946 a 1981. (não há dados fiáveis sobre os anos de guerra, mas supõe-se que tenham sido caçados menos exemplares). A União Soviética caçava uma pequena quantidade de animais todos os anos no Antártico, à exceção de uma época extraordinária de caça, ocorrida em 1980, durante a qual se capturaram 916 orcas.
Hoje em dia, não é realizada caça substancial à espécie. O Japão captura alguns indivíduos quase todos os anos, no âmbito de um programa de "pesquisa científica" controverso. É prosseguido um nível de captura igualmente baixo pela Indonésia e Gronelândia. Além de caçadas para servirem de alimento humano, as orcas são também mortas porque alguns defendem que entram em competição com os pescadores. Na década de 1950, a Força Aérea dos Estados Unidos da América, a pedido do Governo da Islândia, usou bombas e armas de fogo na chacina de grupos de orcas nas águas da Islândia, sob esse mesmo pretexto. A operação foi considerada um êxito pelos pescadores e pelo governo islandês. Opositores desta medida, contudo, afirmaram que a queda nas reservas de peixe se deve à pesca excessiva por parte do ser humano. Este debate continua sem que cada parte aceite ceder terreno à outra.
As orcas são ainda, ocasionalmente, mortas devido ao medo que a sua reputação provoca. Ainda que nenhum ser humano tenha sido atacado por uma orca em liberdade, os marinheiros do Alasca matam-nas com o intuito de protegerem-se. Este medo tem vindo a ser dissipado nos últimos anos devido a uma melhor informação das populações em relação à espécie, além da popularidade que estes animais têm em aquários e outras atrações turísticas afins.
[editar]Cativeiro
A inteligência das orcas, a facilidade em treiná-las, a sua aparência impressionante, o seu comportamento brincalhão em cativeiro e o seu tamanho anormalmente grande torna-as um animal bastante popular como exibição em aquários e em espetáculos aquáticos, como em parques temáticos. A primeira captura e exibição de uma orca teve lugar em Vancouver, em 1964. Nos 15 anos seguintes, cerca de sessenta ou setenta orcas foram retiradas das águas do Pacífico com este fim. No final dos anos 1970, e na primeira metade da década de 1980, as águas da Islândia eram a origem de muitos dos animais capturados - nos cinco anos antes de 1985, capturaram-se aí 50 orcas. Desde essa altura que as orcas são criadas desde nascença em cativeiro, sendo raras os espécimes selvagens nestas condições. O cativeiro pode, contudo, levar ao desenvolvimento de determinadas patologias como o colapso da barbatana dorsal, verificada em 60 a 90% dos machos cativos. Atualmente não é permitida a retirada de animais selvagens para cativeiros. Todos os novos animais cativos são provenientes de reprodução cativa.
Todos os incidentes registrados envolvendo orcas ocorreram em cativeiro, tal qual citado anteriormente.
Além de incidentes envolvendo orcas e seres humanos, houve também incidentes envolvendo animais. Em Agosto de 1989, uma fêmea dominante, Kandu 5, se atirou a uma orca recém-chegada, Corky 2, tentando abalroa-la (um comportamento social de demonstração de dominância) durante um espectáculo aquático, falhando e atingindo a parede do tanque. Corky 2 tinha sido trazida da Marineworld, na Califórnia apenas alguns meses antes do acidente. De acordo com testemunhos, ouviu-se uma pancada sonora ao longo do estádio. Ainda que os treinadores tenham tentado continuar o espectáculo, a pancada provocou a fratura do maxilar da atacante, provocando o corte de uma artéria que começou a jorrar sangue. Depois de evacuada a multidão de espectadores e depois de uma hemorragia de cerca de 45 minutos, Kandu 5 morreu. Os opositores deste género de espectáculo referem frequentemente estes incidentes nas suas críticas e argumentos para a sua abolição.
A SeaWorld continuou implicada em várias práticas criticadas por movimentos a favor dos direitos dos animais, como a manutenção de orcas capturadas no meio selvagem. A associação Born Free Foundation criticou este empreendimento por manter em cativeiro, após vários anos, Corky 2, que queriam devolver à sua família no grupo A5 Pod — na Colúmbia Britânica, no Canadá.
[editar]Cultura popular
Até ao final da década de 1970, as orcas eram apresentadas de forma negativa na ficção, como predadores ferozes que os heróis da história tinham de enfrentar para salvar as presas. O exemplo mais extremo talvez seja um filme que teve, aliás, pouca aceitação do público: Orca onde se descreve a história de uma orca que se decide vingar dos seres humanos responsáveis pela morte do seu companheiro (a história remete de imediato para o argumento de Jaws - Tubarão, de Steven Spielberg).
Contudo, a pesquisa sobre a vida destes animais e a sua popularidade nos espectáculos aquáticos reabilitou quase por completo a imagem pública da espécie. De facto, o público rapidamente concedeu a este animal o estatuto de um respeitável e nobre predador, o que não aconteceu, por exemplo, com outros predadores, como o lobo, que continua a ter uma posição menos favorecida no imaginário popular.
O filme Free Willy (Libertem Willy, em Portugal) (de 1993) focou, com algum sucesso, a luta pela libertação de uma orca cativa. A orca (um macho) usada nas filmagens, Keiko, era originária de águas islandesas. Depois da sua reabilitação no Oregon Coast Aquarium em Newport, Oregon, voltou para os países nórdicos, no seu habitat natural, ainda que se mantivesse dependente dos seres humanos, até à sua morte, em Dezembro de 2003.
[editar]Ameaças ambientais
Exxon Valdez: as marés negras provocadas pelos petroleiros estão entre as principais ameaças para as Orcas.
O derramamento de crude do petroleiro Exxon Valdez teve um efeito particularmente adverso na população de orcas do Alasca. Um dos grupos de orcas foi apanhado pelo derrame. Ainda que tenha conseguido nadar para águas limpas, onze membros do grupo (cerca de metade) morreram nos dias e semanas seguintes. O derramamento teve outros efeitos a longo prazo, ao reduzir a quantidade disponível de presas necessárias para a alimentação. Em dezembro de 2004, cientistas da North Gulf Oceanic Society comprovou que o grupo AT1, agora apenas com sete membros, estava afectado por alguma forma de esterilidade, já que falhou, desde então, qualquer tentativa de reprodução. Espera-se que a sua população decresça até à sua extinção.
Tal como outros animais de níveis tróficos mais elevados da cadeia alimentar, a orca é particularmente susceptível ao envenenamento pela acumulação de bifenil policlorado (ou PCBs) no corpo. Uma pesquisa efectuada sobre orcas residentes ao longo da costa de Washington demonstra que os níveis de PCB são mais elevados nestes animais que os níveis encontrados em espécimes de foca-comum na Europa, envenenados e com a sua saúde gravemente afectada por este produto químico. Contudo, não há qualquer evidência de doença nas orcas, ainda que se suponha que tenha efeitos, por exemplo, na taxa de reprodução que poderá decrescer no futuro.
As orcas são obrigadas a enfrentar outras ameaças ambientais, como a indústria turística que, através da organização extensiva de actividades de observação de baleias, parece ter efeito em algumas mudanças comportamentais destes animais. Foi também provado que ruídos de elevada intensidade em navios têm modificado a frequência dos cantos e chamamentos específicos da espécie.
[editar]Bibliografia
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Referências
tigre
O tigre-de-bengala (Panthera tigris) é uma das 9 subespécies de tigre. É uma das espécies mais ameaçadas de extinção dentre os grandes felinos do planeta, seja pela caça ilegal ou pela destruição de seu habitat.[1] Estima-se que em 2008 existam cerca de 500 tigres-de-bengala livres no planeta; três das nove subespécies de tigres que existiam no planeta já estão extintas, e outras tendem a desaparecer pelo cruzamento genético entre subespécies diferentes.[2]
Fundações como a WWF tomaram a frente da responsabilidade de propiciar a preservação dos tigres, mais especificamente do tigre-de-bengala e do tigre-siberiano (ainda mais raro). Estima-se que o percentual de tigres na Ásia hoje seja 40% menor do que em 1995, graças a esforços e ajuda humanitária, cerca de 15% já foi recuperado.[3]
Índice [esconder]
1 Sobre o tigre-de-bengala[4]
2 Distribuição geográfica
3 Estado de conservação
4 Classificação
4.1 Taxonomia
5 Referências
[editar]Sobre o tigre-de-bengala[4]
Característica De Até
Altura 90 cm 1 m
Comprimento (fêmea) 1,14 m 2,60 m
Comprimento (macho) 2,60 m 3 m
Cauda 60 cm 1 m
Peso (fêmea) 210 kg 252 kg
Peso (macho) 266 kg 302 kg
Filhotes (ninhada) 2 4
Gestação 95 dias 112 dias
Tempo de vida 26 anos em liberdade
[editar]Distribuição geográfica
O tigre-de-bengala, até ao começo do século XX, habitava quase toda a Índia (com excepção do extremo norte e da Península de Kathiawar), Bangladesh, leste do Paquistão, sudoeste da China, oeste de Mianmar, Nepal e Butão. Atualmente ainda restam populações espalhadas em vários pontos da Índia e países vizinhos. Encontra-se extinto no Paquistão.
É o mais famoso dos tigres. Com pêlos curtos alaranjados e listras pretas, é o que mais aparece em livros e filmes e o mais comum em zoológicos. Ele atinge até 260 kg, mas, pode ultrapassar os 300, salta longas distâncias, é ágil e bem veloz.
Seu corpo, que pode chegar a 3 metros, tem cerca de 20 listras transversais. As patas e a parte de baixo das pernas são brancas. O tigre-de-bengala vive principalmente em florestas da Índia, mas também em algumas regiões do Nepal e do Butão.
Variante branca do tigre-de-bengala
Com tanto pêlo, ele não gosta muito de calor e no verão fica sempre perto da água. Por isso, é um nadador de primeira. É também um excelente caçador e alimenta-se de bichos pequenos, como veados, macacos e aves e ataca outros maiores como gauro (subespécie de búfalo asiático maior que o africano), filhotes de elefantes e de rinocerontes. Mas já houve casos registrados dos felinos caçarem elefantes e rinocerontes adultos. Tambem atacam crocodilos na água ou na terra. Pítons tambem fazem parte do cardápio deste felino.
Essa subespécie tem uma característica bastante curiosa e exclusiva: existe um tipo mutante do tigre-de-bengala muito raro, que nasce branco, com listras marrons e olhos azul-claros.
[editar]Estado de conservação
suricato
O suricate, também chamado de suricato ou suricata (Suricata suricatta) é um pequeno mamífero da família Herpestidae, nativo do deserto do Kalahari. Estes animais têm cerca de meio metro de comprimento, em média 1 kg de peso, e pelagem acastanhada. Os suricates alimentam-se de pequenos artrópodes, principalmente escaravelhos e aranhas. Têm garras afiadas nas patas, que lhes permitem escavar a superfície do chão e tem dentes afiados para penetrar nas carapaças quitinosas das suas presas. Outra característica distinta é a sua capacidade de se elevarem nas patas traseiras, utilizando a cauda como terceiro apoio.
Estes animais são exclusivamente diurnos e vivem em colónias de até 40 indivíduos, que constroem um complicado sistema de túneis no subsolo, onde permanecem durante a noite. Dentro do grupo, os animais revezam-se nas tarefas de vigia e proteção das crias da comunidade. O sistema social dos suricates é complexo e inclui uma linguagem própria que parece indicar, por exemplo, o tipo de um predador que se aproxima. Estudos mostram que os suricates são capazes de ensinar ativamente suas crias a caçarem, um método semelhante à capacidade humana de ensinar.
[editar]Características Gerais
Tamanho: comprimento do corpo: 22 cm; altura em pé: 26, 28 cm
Peso: 720 g para as fêmeas e 731 g para os machos
Pelo: Acastanhado. Possuem listras paralelas em suas costas, que se estendem desde a base da cauda até os ombros. Os padrões de listras são únicos para cada suricate.
Tempo de vida: Em ambiente selvagem pode viver 10 anos; variando entre 5 e 12 anos. No cativeiro vivem até 15 anos.
Distribuição geográfica: África do Sul, Namíbia e Angola.
Habitat: Savana e gramado, planícies secas e abertas, áreas de deserto.
Alimentação: Alimenta-se principalmente de insectos: larvas de escaravelhos e de borboletas; também ingerem milípedes, aranhas, escorpiões, pequenos vertebrados (répteis, anfíbios e aves), ovos e matéria vegetal. São relativamente imunes ao veneno das najas e dos escorpiões, sendo estes, inclusive, um dos alimentos que mais apreciam.
Reprodução: Atigem a maturidade sexual com um ano de idade, podendo ter de três a cinco filhotes por ninhada. Podem ter até quatro ninhadas por ano. Se reproduzem em qualquer época do ano, mas a maioria dos nascimentos ocorrem nas estações mais quentes.
São uns animais muito espertos. São Inteligentes pois a logo aos 2 meses já ensinam seus filhotes a caçar e proteger o seu grupo
[editar]Curiosidades
Esta espécie tornou-se bastante conhecida na mídia com a animação dos estúdios Disney "O Rei Leão", onde um dos personagens principais é o suricate Timão, parceiro do facóquero (javali) Pumba e do leão Simba;
Na série de BD Sonic The Hedgehog da Archie, aparece um casal de suricates, de nomes Ash Mongoose e Mina Mongoose: Mina é uma famosa cantora de rock assim como o próprio Sonic e seus dois irmãos gêmeos, Sônia e Manic e Ash é seu namorado e empresário, e tem muito ciúme de Sonic por Mina gostar dele.
[editar]Ligações externas
Animais do Zoológico de São Paulo
A Wikispecies tem informações sobre: Suricata
O Commons possui multimídias sobre Suricata
o panda
Panda-gigante
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Panda-gigante
Panda-gigante no Ocean Park Hong Kong.
Estado de conservação
Em perigo (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Ursidae
Género: Ailuropoda
Espécie: A. melanoleuca
Nome binomial
Ailuropoda melanoleuca
(David, 1869)
Distribuição geográfica
A espécie está distribuída em seis regiões montanhosas da China.
Subespécies
A. m. melanoleuca (David, 1869)
A. m. qinlingensis Wan, Wu & Fang, 2005
A Wikispecies tem informações sobre: Panda-gigante
O panda-gigante ou urso-panda (nome científico: Ailuropoda melanoleuca, do grego: ailuros, gato + poda, pés; e melano, preto + leukos, branco) é um mamífero herbívoro da família Ursidae endêmico da República Popular da China. O focinho curto lembrando um urso de pelúcia, a pelagem preta e branca característica e o jeito pacífico e bonachão o tornam um dos animais mais queridos pela humanidade. Extremamente dócil e tímido, dificilmente ataca o homem, a não ser quando extremamente irritado.
Índice [esconder]
1 Nomenclatura e taxonomia
1.1 Subespécies
2 Distribuição geográfica e habitat
3 Características
4 Dieta e hábitos alimentares
5 Comportamento e ecologia
6 Reprodução
7 Conservação
7.1 Baby boom
8 Aspectos culturais
9 Etimologia
10 Referências
11 Ligações externas
[editar]Nomenclatura e taxonomia
O urso panda foi descrito pelo missionário francês Armand David em 1869 como Ursus melanoleucus.[2] No ano seguinte, Alphonse Milne-Edwards ao examinar o material enviado por David, notou que os caracteres osteológicos e dentários o distinguia dos ursos e o aproximava ao panda-vermelho e aos procionídeos, descrevendo então um novo gênero para a espécie, e recombinando-a para Ailuropoda melanoleuca.[3] No mesmo ano, Paul Gervais concluiu com base num estudo das estruturas intracranianas que o panda era relacionado com os ursos, criando um novo gênero, o Pandarctos.[4] Em 1871, Milne-Edwards acreditando que o gênero Ailuropoda estava pré-ocupado pelo Aeluropoda de Gray, publicado em 1869, propõe o nome Ailuropus. William Henry Flower e Richard Lydekker em 1891 emendam o novo nome de Milne-Edwards para Aeluropus,[5] resultando em uma considerável confusão na literatura subsequente.[6]
A classificação do panda-gigante têm sido objeto de grande controvérsia por muitos anos, principalmente pelas características compartilhadas com o panda-vermelho, como semelhanças nas estruturas craniais, dentárias, viscerais e da genitália externa, assim como a presença do osso sesamoide opositor na mão (falso-dedo).[7] Inicialmente tratado como urso, e posteriormente relacionado com o panda-vermelho e os procionídeos, a espécie sofreu reposicionamento taxonômico diversas vezes no decorrer dos anos. Em 1885, George Jackson Mivart revisou os carnívoros artóideos posicionado tanto o Ailurus como o Ailuropoda na família Procyonidae.[8] Flower e Lydekker 1891, dividiram os gêneros, deixando o Ailurus na Procyonidae e movendo o Ailuropoda para a Ursidae.[5] Em 1895, Herluf Winge relacionou o panda a um gênero extinto, o Agriotherium.[9] Em 1901, Ray Lankester e Richard Lydekker reafirmam o posicionamendo de ambos os gêneros entre os procionídeos, separando-os na subfamília Ailurinae.[10][11] Reginald Innes Pocock em 1921 revisou a Procyonidae, separando os dois gêneros em famílias distintas, Ailuridae e Ailuropodidae.[12] William Gregory, em 1936, ao examinar características craniais e dentárias dos dois pandas e de outros gêneros extintos, retorna os dois gêneros a família Procyonidae.[13] George Gaylord Simpson em sua classificação dos mamíferos de 1945 mantém o posicionamento defendido por Mivart e demais autores que colocam os dois gêneros de pandas entre os procionídeos.[14]
Em 1956, Leone e Wiens analisando proteínas sorológicas concluem que o panda-gigante é um ursídeo.[15] Em 1964, Davis mantém o Ailuropoda entre os ursos, baseado na morfologia geral das espécies.[6] Numa revisão de 1978, a espécie é posicionada na tribo Ailuropodini pertencente a subfamília Agriotheriinae.[7] Erich Thenius, em 1979, ressuscita a família Ailuropodidae para o gênero Ailuropoda.[16] Em 1985, a subfamília Ailuropodinae é arranjada dentro da Ursidae.[17] No mesmo ano, outro autor, volta a relacionar os dois pandas, indicando que os gêneros podem ser arranjados em famílias distintas mas muito próximas ou então na mesma família, a Ailuridae.[18] Em 1993, a segunda edição do Mammals Species of the World posiciona os dois gêneros na subfamília Ailurinae dentro da Ursidae.[19] Mas em 2005, na terceira edição, desfaz o arranjo, elevando o Ailurus a família Ailuridae, e voltando o Ailuropoda a família Ursidae, mas sem reconhecer nenhuma subfamília.[20] Outros autores, entretanto, classificam o gênero na tribo Ailuropodini da subfamília Ursinae,[21][22] ou então na subfamília Ailuropodinae[23]
[editar]Subespécies
Duas subespécies são reconhecidas com base em medidas craniais distintas, padrões de coloração e genética populacional:[24]
Ailuropoda melanoleuca melanoleuca (David, 1869) - ocorre em Sichuan e Gansu, e apresenta o típico contraste preto e branco na coloração.
Ailuropoda melanoleuca qinlingensis Wan, Wu & Fang, 2005 - restrita nas Montanhas Qinling, em Shaanxi, em elevações de 1 300 – 3 000 metros de altitude; apresenta uma coloração contrastante entre marrom escuro e marrom claro; o crânio é menor que na subespécie nominal, e os molares são maiores.
[editar]Distribuição geográfica e habitat
O panda-gigante está confinado ao centro-sul da China. Sua distribuição atual consiste em seis áreas montanhosas isoladas (Minshan, Qinling, Qionglai, Liangshan, Daxiangling, e Xiaoxiangling), nas províncias de Gansu, Shaanxi e Sichuan. O território total que a espécie ocupa é de aproximadamente 30 000 km² entre 102-108,3°E (longitude) e 28,2-34,1°N (latitude),[1] entretanto, somente 20% dessa área (5 900 km²) constitui habitat para o panda.[25]
A espécie originalmente ocorreu em mais regiões ao leste e ao sul da China, com registros fósseis indicando sua presença até o norte de Mianmar e norte do Vietnã, ao sul, e até as proximidades de Pequim, ao norte. Até 1850, o panda era encontrado no leste de Sichuan e nas províncias de Hubei e Hunan. Em 1900, foi restrito as Montanhas Qinling e outras áreas montanhosas no limite do platô tibetano. A rápida expansão da agricultura nos principais vales contribuíram para a fragmentação
Os pandas habitam as florestas temperadas montanhosas com densos bambuzais, principalmente do gênero Sinarundinaria, entre altitudes de 1 200 a 4 100 metros de altitude. A distribuição sobrepõe-se em muito a do urso-negro-asiático (Ursus thibetanus), entretanto, eles não competem entre si, pois as necessidades ecológicas das espécies são diferentes.[1]
[editar]Características
Ficha técnica[26]
Altura 65 - 70 cm
Comprimento 120 - 150 cm
Cauda ~13 cm
Peso 75 - 160 kg
Tamanho de ninhada 1 - 2
Gestação 97 - 163 dias
Desmame 8 - 9 meses
Maturidade sexual 5,5 - 6,5 anos (machos)
Longevidade 34 anos (em cativeiro)
O panda-gigante é um mamífero que come bambu (folhas) de cor preto e branco. A pelagem é grossa e lanosa para suportar as baixas temperaturas no ambiente subalpino em que vive. As manchas oculares, membros, orelhas e uma faixa que atravessa os ombros são negras; alguma vezes com um tom amarronzado.[26] O restante do corpo é branco, mas pode se tornar "encardido" com a idade. A população da região de Qingling apresenta a pelagem em dois tons contrastantes de marrom.[24]
O crânio e a mandíbula são robustos, a crista sagital é bem desenvolvida, e os arcos zigomáticos são expandidos lateralmente e dorsoventralmente, assim como nos demais carnívoros arctóideos. Difere dos outros ursídeos, por apresentar a fissura orbitária confluente com o forame redondo, os processos pós-orbitais são reduzidos, e o canal alisfenóide é ausente. Apresenta o forame intepicondilar, uma características primitiva, somente compartilhada com o Tremarctos ornatus.[7]
[editar]Dieta e hábitos alimentares
Hua Mei, filhote de panda gigante nascido no zoológico de San Diego em 2000.
Apesar de pertencer à ordem dos Carnívoros e ter um sistema digestivo e genético de carnívoro, o panda possui hábitos herbívoros, alimentando-se quase que exclusivamente das folhas de bambus. O panda gigante consume, em média, de 9 a 14kg de bambu por dia [27], mas devido à pouca absorção de nutrientes, característica de seu sistema digestivo ineficiente, ele precisa passar a maior parte do dia comendo e se exercitando pouco.[28] Pandas podem se alimentar de 25 diferentes espécies de bambus, mas a devastação das florestas limitou-os a pouca variedade em lugares mais íngremes, elevados e isolados da Ásia central. As folhas de bambus são ricas em proteínas e os brotos também possuem boa quantidade.[29] Apesar de manterem as presas, garras, capacidade digestiva e força para caçar pequenos mamíferos, aves, peixes e ovos, pandas raramente o fazem.[30] Sua digestão de celulose depende de sua flora intestinal, sendo sua genética desfavorável. [31]
Ainda que o bambu seja rico em água (40% de seu peso, chegando a 90% no caso de brotos), o panda bebe frequentemente água de riachos ou neve derretida.
Em cativeiro sua dieta consiste em bambu, cana-de-açúcar, mingau de arroz, biscoito especial rico em fibras, cenoura, maçã e batata-doce.
[editar]Comportamento e ecologia
Os pandas gigantes são geralmente solitários. Cada adulto tem um território definido e as fêmeas não são tolerantes com outras fêmeas em seu território.[32] Pandas se comunicam através de vocalização e marcam território aranhando árvores e urinando nas suas fronteiras. [33] O panda gigante é capaz de escalar e usar como refúgio árvores ocas ou fendas de rochas, mas não estabelece tocas permanentes. Por esta razão, os pandas não hibernam, o que é semelhante ao hábito de outros mamíferos subtropicais da região, que preferem se deslocar para regiões e altitudes com temperaturas mais quentes.[34] Pandas utilizam mais da memória espacial do que da memória visual. [35]
[editar]Reprodução
Panda Gao Gao do Zoológico de San Diego
A época de reprodução dá-se na Primavera, quando os machos competem pela fêmea fértil. A gestação é em média de 135 dias. Normalmente nascem um ou dois filhotes. Devido à natureza frágil e delicada dos ursinhos, a mãe opta por criar um único filhote. O filhote rejeitado é abandonado à morte. O desmame dá-se com um ano de idade, mas o panda já é capaz de ingerir o bambu em pequenas quantidades desde os seis meses. O intervalo entre as ninhadas é de dois anos ou mais.
Somente 10% dos pandas em cativeiro conseguem cruzar naturalmente. Apenas 30% das fêmeas engravidam. Mais de 60% dos pandas cativos não demonstram qualquer desejo sexual.
A expectativa de vida de um panda é de 13 anos. Em 2005, Basi, uma ursa panda chinesa, comemorou 25 anos de idade, que se comparam a 100 anos humanos. No mesmo ano, o panda criado em cativeiro mais velho do mundo, uma fêmea chamada Meimei, morreu aos 36, equivalentes a 108 anos humanos, no jardim zoológico da cidade de Guilin.
[editar]Conservação
A baixa taxa de natalidade, a alta taxa de mortalidade infantil e a destruição de seu ambiente natural colocam o panda sob ameaça de extinção. A caça não representa problemas devido às rígidas leis chinesas. Em 1995, um fazendeiro foi sentenciado a prisão perpétua por ter atirado em um panda. No ano seguinte, dois homens foram condenados a morte após serem presos portando peles de panda e macaco-dourado. A partir de 1997 passou-se a punir os infratores com uma pena de 20 anos de prisão.
Armadilhas para cervos-almiscarados e ursos-pretos muitas vezes acabam ferindo pandas.
O número de pandas selvagens na China está estimado em 1.596. Em 2000 contavam-se 1.114 exemplares, espalhados por territórios que têm uma superfície total de 23.000 km² nas províncias de Sichuan, Gansu e Shaanxi. Estudos em 2006, baseados em exame de DNA coletado em fezes, indicam que possam haver pelo menos 3.000 animais em liberdade. Existem 183 pandas-gigantes em cativeiro na China, 100 dos quais, estão em um centro especializado em Sichuan. Outros 20 espécimes se encontram distribuídos pelos principais zoológicos do mundo.
Gao Gao, do zoológico de San Diego.
[editar]Baby boom
O ano de 2005 foi considerado um grande ano para os projetos em criação da espécie em cativeiro. 25 filhotes nascidos em zoológicos e centros de reprodução sobreviveram. Em 2004, foram 9 os filhotes sobreviventes.
[editar]Aspectos culturais
Andy Panda, criado por Walter Lantz (o mesmo criador do Pica-Pau), é um personagem de desenho animado.
O primeiro episódio em que aparece o pica-pau é um episódio do Andy Panda:Pica-Pau ataca novamente
O World Wildlife Fund (WWF) adotou o panda como símbolo.
O panda é o animal nacional da República Popular da China.
Panda Antivírus é umas das marcas mais populares de antivírus.
Panda3D é um popular software de Computação gráfica para a criação de jogos.
Canal Panda é um canal de televisão português voltado ao público infanto-juvenil.
Pandarens, guerreiros adeptos da luta corpo-a-corpo e de uma boa bebida, foram inspirados nos pandas são encontrados na expansão de Warcraft III:The Frozen Throne, jogo de computador produzido pela Blizzard Entertainment.
O panda Jing Jing é um dos mascotes dos Jogos Olímpicos de 2008 em Beijing.
O panda Po, do filme Kung Fu Panda, um urso abestalhado e engraçado.
Pandaman,super-herói,personagem secundário dos animes Kinnikuman e One Piece,criado por Eiichiro Oda.
Mestre Yo do desenho Yin Yang Yo!, que diz ser o último panda vivo do mundo.
Em um episódio do desenho Tale Spin da Disney, o urso Balu cai com seu um avião numa cidade habitada por pandas, chamada de Panda-lá (sátira da lendária cidade de Shangri-lá).
Trail of The Panda é um filme live-action apresentado pela Disney, todo filmado na China e que retrata a jornada de um menino órfão, Lu, e seu mais novo melhor amigo, um panda filhote chamado Pang Pang, em busca de sua mãe.
[editar]Etimologia
Da xiong mao (大熊猫), o nome em chinês para o panda, significa grande urso-gato. Pode ser chamado também de huaxiong (urso de faixa), maoxiong (urso felino) ou xiongmao (gato ursino). Registros históricos de 3000 anos ("O Livro de História e o Livro de Canções", a coleção mais antiga da poesia chinesa), o mencionam sob o nome de pi e pixiu. A palavra panda significa algo parecido com "comedor de bambu".
Referências
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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
beija-flor
beija-flor, também conhecido como colibri, cuitelo, chupa-flor, pica-flor, chupa-mel, binga, guanambi, guinumbi, guainumbi e guanumbi[1], é uma ave da família Trochilidae e inclui 108 gêneros. Existem 322 espécies conhecidas. No Brasil, alguns gêneros recebem outros nomes, como os rabos-brancos do gênero Phaethornis ou os bicos-retos do gênero Heliomaster. No sistema classificativo de Sibley & Ahlquist, a família Trochilidae integrava uma ordem própria, a Trochiliformes. Entre as características distintivas do grupo, contam-se o bico alongado, a alimentação à base de néctar, oito pares de costelas, catorze a quinze vértebras cervicais, plumagem iridescente e uma língua extensível e bifurcada.
O grupo é originário das Américas e ocorre desde o Alasca à Terra do Fogo. A maioria das espécies é tropical e subtropical e vive entre as latitudes 10ºN e 25ºS. A maior biodiversidade do grupo encontra-se no Brasil e no Equador, que contam com cerca de metade das espécies conhecidas de beija-flor. Os troquilídeos estão ausentes do Velho Mundo, onde o seu nicho ecológico é preenchido pela família Nectariniidae (Passeriformes).
Índice [esconder]
1 Características Físicas
2 Comportamento
2.1 Polinização
2.2 Alimentação Artificial
2.3 Reprodução
3 Conservação
4 Referências Culturais
5 Classificação
6 Referências
[editar]Características Físicas
Os beija-flores são aves de pequeno porte, que medem em média de seis a doze centímetros de comprimento e que pesam de duas a seis gramas. O bico é normalmente longo, mas o formato preciso varia bastante com a espécie e está adaptado ao formato da flor que constitui a base da alimentação de cada tipo de beija-flor. Uma característica comum é a língua bifurcada e extensível, usada para extrair o néctar das flores.
O esqueleto e constituição muscular dos beija-flores estão adaptados de forma a permitir um voo rápido e extremamente ágil. São as únicas aves capazes de voar em marcha-ré e de permanecer imóveis no ar. O batimento das asas é muito rápido e as espécies menores podem bater as asas de setenta a oitenta vezes por segundo. Em contraste, as patas dos beija-flores são pequenas demais para a ave caminhar sobre o solo. As fêmeas são, em geral, maiores que os machos, mas apresentam coloração menos intensa. Vivem, em média, doze anos e seu tempo de incubação é de treze a quinze dias.
[editar]Comportamento
Eupetomena macroura, tesoura. Espécime brasileiro de beija-flor em seu ninho.
Tal como a maioria das aves, o sentido do olfato não está muito desenvolvido nos beija-flores; a visão, no entanto, é muito apurada. Além de poderem identificar cores, os beija-flores são dos poucos vertebrados capazes de detectar cores no espectro ultravioleta.
A alimentação dos beija-flores é baseada em néctar (cerca de noventa por cento) e artrópodes, em particular moscas, aranhas e formigas.
Os beija-flores são poligâmicos.
Hylocharis chrysura
[editar]Polinização
Entre os animais que visitam flores em busca de alimento, os beija-flores são os mais conhecidos, pelos tons metálicos da sua plumagem e a capacidade de visitar flores pairando no ar. Os beija-flores precisam de grandes quantidades de néctar diariamente, para suprir a energia necessária ao seu esvoaçar contínuo. O néctar das flores visitadas por beija-flores é um alimento altamente energético, contendo cerca de vinte por cento de açúcares, sendo que a quantidade de néctar disponível varia com o tamanho e tipo de flor.
As flores visitadas por beija-flores em geral são tubulosas e e apresentam cores vivas, com tonalidades que variam do vermelho ao alaranjado. Esse conjunto de cores e formas permite prever que o polinizador de uma determinada flor seja um beija-flor. As flores da sálvia e do cipó-de-são-joão representam bem os tipos visitados por beija-flores. Entretanto, algumas flores polinizadas por essas aves podem ser azuis ou brancas, como as de certos caraguatás. Nesse caso, as brácteas ou alguma outra parte da planta apresentam cor avermelhada, que atrai a atenção dos beija-flores.
Alguns beija-flores também buscam néctar em flores que são polinizadas por outros tipos de animais, como abelhas, borboletas ou morcegos. Quando isso ocorre, nem sempre há um ajuste entre o tamanho e o tipo de flor e o tamanho do bico do beija-flor. Quando a flor é grande demais, pode ocorrer a "pilhagem de néctar". Nesse tipo de visita, o beija-flor retira o néctar sem tocar nas partes reprodutivas da planta e, portanto, não realiza a polinização. Beija-flores pequenos, como o besourinho-de-bico-vermelho são pilhadores habituais.
Ao visitar as flores em busca de néctar, os beija-flores podem adotar dois modos distintos: estabelecem territórios ou percorrem rotas alimentares. Os dois modos resultam em diferenças na polinização. Quando estabelece território, o beija-flor transporta pólen entre as flores da mesma planta ou de plantas próximas entre si. Já a territorialidade, portanto, resulta em menor número de plantas na polinização. Na ronda alimentar, por outro lado, o beija-flor transporta pólen entre as flores de um maior número de indivíduos, distantes entre si, possibilitando assim maior variabilidade genética.
[editar]Alimentação Artificial
Clytolaema rubricauda, fêmea do rubi-brasileiro. Beija-flor comum nas áreas de altitude da Serra da Mantiqueira, no Brasil.
Aproveitando a grande necessidade que os beija-flores têm de um alimento energético de rápida utilização, como o néctar, que contém carboidratos em concentração variável em torno de quinze a 25 por cento, é possível atraí-los para fontes artificiais de soluções açucaradas, os chamados "bebedouros" para beija-flores. Trata-se de recipientes com corolas artificiais onde é colocada uma solução açucarada cuja concentração recomendada é de vinte por cento. Uma crença, que tudo indica foi iniciada a partir de uma publicação de autoria do naturalista Augusto Ruschi, diz que o uso desses bebedouros pode ocasionar doenças nessas aves, podendo até matá-las. Porém não há, na literatura ornitológica, nenhum trabalho científico comprovando isto. Essa crença tornou-se extremamente difundida na população. A doença à qual Ruschi se referiu seria a candidíase, infecção oportunista causada pelo fungo Candida albicans, que acometeria a boca dos beija-flores. É possível que esse autor tenha de fato observado essa doença em seus beija-flores, mantidos em viveiros, pelo fato de se encontrarem imunodeprimidos pelas próprias condições do cativeiro. Sendo assim, é aconselhável quando se utiliza de tal artifício para atração de beija-flores, por exemplo em jardins ou sacadas, proceder-se aliado à limpeza diária dos bebedouros e à troca da solução açucarada; preparado de preferência com açúcar comum, evitando-se a utilização de mel, açúcar mascavo, e demais preparados caseiros, pois estes possuem uma maior tendência à fermentação. Além disso é contra-indicado o uso da água encanada de rede pública, pois esta usualmente é tratada com compostos de cloro ou flúor em dosagens insignificantes para os humanos mas que nos organismos de aves de pequeno e médio porte caracterizam-se como substâncias acumulativas que prejudicam a saúde destes.
Havendo a disponibilidade do alimento artificial, normalmente os beija-flores o procuram complementando, com louvor, seu provimento energético. Esse alimento fornecido auxilia os beija-flores, porém alguns cuidados são necessários.
Em áreas com desequilíbrio da vegetação natural ou mesmo em certos períodos do ano, quando há maior escassez de alimento, os beija-flores tendem a se especializar nos bebedouros. A hipótese é que essa fase de especialização pode provocar um desequilíbrio no organismo do animal, debilitando o seu sistema imunológico. Foi observado, principalmente nestes períodos de escassez, um aumento de doenças nestes pássaros, especialmente aquelas provocadas por fungos. Isso provavelmente pode ter origem na carência de alguns nutrientes que normalmente seriam encontrados em fontes naturais de alimento, como o néctar e artrópodes. Estudos demonstraram que com uma pequena adição de sal na dieta líquida houve um aumento na resistência às doenças, tornando-se rara a presença de pássaros enfermos. Desta forma, além da troca diária da calda açucarada, é recomendável o acréscimo de uma pequena pitada de sal comum no preparado, porém evitando-se quantidades excessivas pois quantidades demasiadas de sal prejudicam o metabolismo dos animais.
Com relação à limpeza dos bebedouros, outrossim é importante mantê-los longe de insetos como formigas, vespas, baratas, etc. Tais insetos, além de competir pelo alimento com os pássaros, carregam parasitas, especialmente fungos que infectam os bebedouros. Um sinal visível, da infestação por fungos, é o pronto escurecimento do bocal e até pétalas das flores artificiais, logo após a visita dos insetos. Sendo assim é recomendável utilizar modelos de bebedouros que tenham algum dispositivo limitador de formigas, etc., e ao se notar o escurecimento das flores de plásticos, estas devem imediatamente ser esterilizadas com algum composto clorado (destinado a purificar alimentos como verduras, e jamais usar produtos comuns de limpeza) e bem enxaguadas antes de serem reutilizadas.
Bebedouro, com discos preenchidos de água no alto e na base, para limitar acesso de insetos.
Uma prática condenável é completar o nível dos bebedouros com mais calda. A presença eventual de algum pássaro doente pode contaminar outros beija-flores, através do próprio bebedouro. Dessa maneira, particularmente quando o nível do líquido está próximo do fim, aumenta a concentração de possíveis elementos patogênicos. Ademais, ocorre que no preparado, bactérias rapidamente fermentam o açúcar dissolvido, produzindo-se substâncias nocivas às aves. Em avançado processo de fermentação, é perceptível um característico odor de azedo e, em alguns casos, até um leve aroma alcoólico. Para reduzir todos esses riscos, o procedimento correto é diariamente trocar completamente a água adocicada e higienizar os bebedouros.
[editar]Reprodução
Leucochloris albicollis, papo-branco.
Phaethornis eurynome, rabo-branco-da-mata.
Certas espécies, como a Leucochloris albicollis, apreciadora das regiões de altitude da Mata Atlântica, são bastante canoras. O macho, desta espécie, emite um característico e longo trinado para atrair a fêmea e se acasalar.
É a fêmea que constrói o ninho e cuida da incubação. Normalmente, dura de dezesseis a dezessete dias a eclosão dos dois ovos, que costumam ter a cor branca. Até os filhotes saírem do ninho, ainda vai um período de vinte a trinta dias nos quais permanecem sendo alimentados pela mãe.
O formato do ninho e material de construção varia de espécie para espécie, assim como a dimensão dos ovos. A maioria costuma ter o ninho em forma de tigela utilizando materiais como fibras vegetais, folhas, teias de aranha para dar coesão externa, musgo e líquens. Todos com aparência muito delicada.
Chlorostilbon lucidus, verdinho-do-bico-vermelho aninhado.
Contudo algumas espécies como a Phaethornis eurynome (rabo-branco-da-mata), típica da Mata Atlântica, constroem o ninho em forma de uma bola ovalada trançada com musgo. Assemelha-se a uma rede pendente, porém presa por um único fio (este com cerca de quinze centímetros) no galho de uma planta a cerca de dois metros de altura em média. Seu ninho é revestido com líquens e sob o calor da incubação, os ovos acabam tingidos por eles. A entrada é pela lateral, próxima à base. Com esta forma, o ninho fica fechado por cima e protegido da chuva. Mas devido ao seu diminuto tamanho, curiosamente a longa cauda da fêmea pende pelo lado externo.
[editar]Conservação
Duas espécies de beija-flor extinguiram-se no passado recente: esmeralda-de-brace (Chlorostilbon bracei) e esmeralda-de-gould (Chlorostilbon elegans). Das 322 espécies conhecidas, a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais lista nove como "em perigo crítico de extinção", onze como "em perigo" e outras nove como "vulneráveis". As maiores ameaças à preservação do grupo são a destruição, degradação e fragmentação de seus habitat.
[editar]Referências Culturais
Foto aérea da imagem de beija-flor estilizado nas linhas de Nazca no Peru
Os beija-flores estão representados:
No brasão de armas e na moeda de um cêntimo de Trinidade e Tobago.
Nas linhas de Nazca.
Na cédula de um real.
No símbolo da Prefeitura Municipal de Betim, em Minas Gerais, no Brasil.
Na música Cuitelinho, do folclore do Pantanal mato-grossense.
Na música brasileira Ai que Saudade d'Ocê.
Na bandeira e no brasão de Santa Teresa, no Espírito Santo, no Brasil.
[editar]Classificação
Amazilia fimbriata. Garganta-verde em pleno voo.
Família Trochilidae Vigors, 1825
Subfamília Phaethornithinae Jardine, 1833
Gênero Ramphodon Lesson, 1830
Gênero Eutoxeres Reichenbach, 1849
Gênero Glaucis Boie, 1831
Gênero Threnetes Gould, 1852
Gênero Anopetia Simon, 1918
Gênero Phaethornis Swainson, 1827
Subfamília Trochilinae Vigors, 1825
Gênero Androdon Gould, 1863
Gênero Doryfera Gould, 1847
Gênero Phaeochroa Gould, 1861
Gênero Campylopterus Swainson, 1827
Gênero Aphantochroa Gould, 1853
Gênero Eupetomena Gould, 1853
Gênero Florisuga Bonaparte, 1850
Gênero Melanotrochilus Deslongchamps, 1879
Gênero Colibri Spix, 1824
Gênero Anthracothorax Boie, 1831
Gênero Topaza G. R. Gray, 1840
Gênero Eulampis Boie, 1831
Gênero Chrysolampis Boie, 1831
Gênero Orthorhyncus Lacépède, 1799
Gênero Klais Reichenbach, 1854
Gênero Stephanoxis Simon, 1897
Gênero Abeillia Bonaparte, 1850
Gênero Lophornis Lesson, 1829
Gênero Discosura Bonaparte, 1850
Gênero Trochilus Linnaeus, 1758
Gênero Chlorestes Reichenbach, 1854
Gênero Chlorostilbon Gould, 1853
Gênero Panterpe Cabanis & Heine, 1860
Gênero Elvira Mulsant, J. Verreaux & E. Verreaux, 1866
Gênero Eupherusa Gould, 1857
Gênero Goethalsia Nelson, 1912
Gênero Goldmania Nelson, 1911
Gênero Cynanthus Swainson, 1827
Gênero Cyanophaia Reichenbach, 1854
Gênero Thalurania Gould, 1848
Gênero Damophila Reichenbach, 1854
Gênero Lepidopyga Reichenbach, 1855
Gênero Hylocharis Boie, 1831
Gênero Chrysuronia Bonaparte, 1850
Gênero Leucochloris Reichenbach, 1854
Gênero Polytmus Brisson, 1760
Gênero Leucippus Bonaparte, 1850
Gênero Taphrospilus Simon, 1910
Gênero Amazilia Lesson, 1843
Gênero Microchera Gould, 1858
Gênero Anthocephala Cabanis & Heine, 1860
Gênero Chalybura Reichenbach, 1854
Gênero Lampornis Swainson, 1827
Gênero Basilinna Boie, 1831
Gênero Lamprolaima Reichenbach, 1854
Gênero Adelomyia Bonaparte, 1854
Gênero Phlogophilus Gould, 1860
Gênero Clytolaema Gould, 1853
Gênero Heliodoxa Gould, 1850
Gênero Eugenes Gould, 1856
Gênero Hylonympha Gould, 1873
Gênero Sternoclyta Gould, 1858
Gênero Urochroa Gould, 1856
Gênero Boissonneaua Reichenbach, 1854
Gênero Aglaeactis Gould, 1848
Gênero Oreotrochilus Gould, 1847
Gênero Lafresnaya Bonaparte, 1850
Gênero Coeligena Lesson, 1833
Gênero Ensifera Lesson, 1843
Gênero Pterophanes Gould, 1849
Gênero Patagona G. R. Gray, 1840
Gênero Sephanoides G. R. Gray, 1840
Gênero Heliangelus Gould, 1848
Gênero Eriocnemis Reichenbach, 1849
Gênero Haplophaedia Simon, 1918
Gênero Urosticte Gould, 1853
Gênero Ocreatus Gould, 1846
Gênero Lesbia Lesson, 1833
Gênero Sappho Reichenbach, 1849
Gênero Polyonymus Heine, 1863
Gênero Ramphomicron Bonaparte, 1850
Gênero Oreonympha Gould, 1869
Gênero Oxypogon Gould, 1848
Gênero Metallura Gould, 1847
Gênero Chalcostigma Reichenbach, 1854
Gênero Opisthoprora Cabanis & Heine, 1860
Gênero Taphrolesbia Simon, 1918
Gênero Aglaiocercus Zimmer, 1930
Gênero Augastes Gould, 1849
Gênero Schistes Gould, 1851
Gênero Heliothryx Boie, 1831
Gênero Heliactin Boie, 1831
Gênero Loddigesia Bonaparte, 1850
Gênero Heliomaster Bonaparte, 1850
Gênero Rhodopis Reichenbach, 1854
Gênero Thaumastura Bonaparte, 1850
Gênero Tilmatura Reichenbach, 1854
Gênero Doricha Reichenbach, 1854
Gênero Calliphlox Boie, 1831
Gênero Microstilbon Todd, 1913
Gênero Calothorax G. R. Gray, 1840
Gênero Mellisuga Brisson, 1760
Gênero Archilochus Reichenbach, 1854
Gênero Calypte Gould, 1856
Gênero Atthis Reichenbach, 1854
Gênero Myrtis Reichenbach, 1854
Gênero Eulidia Mulsant, 1876
Gênero Myrmia Mulsant, 1876
Gênero Chaetocercus G. R. Gray, 1855
Gênero Selasphorus Swainson, 1832
Gênero Stellula Gould, 1861
domingo, 20 de janeiro de 2013
Os cisnes são aves aquáticas da subfamília Anserinae, que inclui também os gansos. No seu conjunto, formam o género Cygnus, sendo caracterizados pelo longo pescoço e por patas curtas. A sua distribuição geográfica é diversificada, sendo os cisnes do hemisfério norte brancos, enquanto que os do hemisfério sul apresentam plumagem por vezes colorida. Os cisnes formam casais monogâmicos e constroem ninhos onde chocam entre 3 a 8 ovos. Se a nidificação falha, é comum os membros do casal procurarem outro parceiro.Etimologia
"Cisne" é oriundo do grego kyknos, através do latim cycnu, do latim vulgar cicinu, do francês antigo cisne e do francês moderno cygne[1].
[editar]Espécies
Cygnus atratus (Latham, 1790) - Cisne-negro
Cygnus melanocorypha (Molina, 1782) - Cisne-de-pescoço-preto
Cygnus olor (Gmelin, 1789) - Cisne-branco
Cygnus buccinator Richardson, 1831 - Cisne-trombeteiro
Cygnus columbianus (Ord, 1815) - Cisne-pequeno
Cygnus bewickii Yarrel, 1830 - Cisne-de-bewick
Cygnus cygnus (Linnaeus, 1758) - Cisne-bravo
[editar]Cisnes na Cultura
O Patinho Feio, um conto de Hans Christian Andersen
O Lago dos Cisnes, um bailado
Cisne Negro Companhia de Dança (Brasil)
Os cisnes aparecem na face nacional das Moedas de euro finlandesas
Cygnus é o nome de uma constelação
O personagem Hyoga do anime e mangá Os Cavaleiros do Zodíaco tem a constelação acima como constelação protetora
Cisne Negro (filme)Filme estrelado por Natalie Portman e Vincent Cassel
AGUIA
A águia é o nome comum dado a algumas aves de rapina da família Accipitridae, geralmente de grande porte, carnívoras, de grande acuidade visual. O nome é atribuído a animais pertencentes a gêneros diversos e não corresponde a nenhuma clade taxonômica. Por vezes, dentro de um mesmo gênero ocorrem espécies conhecidas popularmente por gavião ou búteo. Suas principais presas são: coelhos, esquilos, cobras, marmotas e outros animais, principalmente roedores, de pequeno porte. Algumas espécies alimentam-se de ovos de outros pássaros e peixes. Costumam fazer seus ninhos em locais altos como, por exemplo, topo de montanhas e árvores de grande porte.Existem diversas espécies de águias, as mais conhecidas são: Águia-de-cabeça-branca, águia-gritadeira, águia marcial, águia-malaia, águia-dourada-européia e águia-impérial-ibérica. Entre suas características possui um peso de até 6 kg, comprimento de até 1 metro, com uma envergadura de até 2 metros, poe até 3 ovos a cada vez,o tempo de incubação dura 35 dias e atinge uma velocidade de aproximadamente 100Km\h.As águias são também símbolos utilizados em vários contextos e culturas.Segundo a mitologia a águia faz um ritual de renovação.
Como animal nacional dos Estados Unidos e da Alemanha
Como símbolo e mascote das escolas de samba Portela, e União da Ilha
Como mascote e símbolo do clube Sport Lisboa e Benfica, São José, Vitória
Como logotipo e mascote da Forever Living Products
Como o símbolo da Equipe Alliance Jiu-Jitsu
Como símbolo das legiões romanas.
Como símbolo do III Reich da Alemanha Nazista
Como símbolo do Império Napoleônico
Algumas espécies de águia
Família Pandionidae
Pandion - Águia-pesqueira
Família Accipitridae
Haliaetus
Águia-rabalva (H. albicilla)
Águia-de-cabeça-branca (H. leucocephalus)
Águia-pesqueira-africana (H. vocifer)
Circaetus
Águia-cobreira (C. gallicus)
Buteo
Águia-de-asa-redonda (B. buteo)
Aquila
Águia-pomarina (A. pomarina)
Águia-gritadeira (A. clanga)
Águia-imperial-ibérica (A. adalberti)
Águia-imperial-oriental (A. heliaca)
Águia-real (A. chrysaetos)
Águia-de-bonelli (A. fasciatus)
Águia-calçada (A. pennatus)
Águia-rapace (A. rapax)
Águia-das-estepes (A. nipalensis)
Águia-negra-africana ou águia-de-verraux (A. verrauxi)
Geranoaetus
Águia-chilena (G. melanoleucus)
Harpyhaliaetus
Águia-cinzenta (H. coronatus)
Águia-solitária (H. solitarius)
Harpia (H. Harpyja)
Harpagornis
Águia-de-haast (H. moorei) - extinta
Pithecophaga
Águia-das-filipinas (P. jefferyi)
[editar]Simbologia
A águia pode ser vista simbolicamente como símbolo da força, da grandeza e da majestade. Foi muito usada em brasões de exércitos, figurando nos estandartes de Ciro, rei dos Persas, e, mais tarde, durante o segundo consulado de Mário, encimando as lanças que eram insígnias das legiões. Na simbologia cristã aparece como possível símbol.jl.,l.i.,yem muito perspicaz, penetrante, que vê longe; superior em inteligência. Representava também Zeus o rei dos deuses na mitologia grega.[1]
Referências
↑ Site de referência
os cromos sao caçadoras fortes e rapidas algulmas podem var a mais de 2 dois mil metros de altura as aguias vivem em florestas,cerrados,lagos,riospantanos e nas costa de todos os continentes,menos na Antartida
lince
O lince (Lynx spp.) é um mamífero da ordem Carnivora, família Felidae, sendo portanto um felino carnívoro. O género tem distribuição geográfica vasta mas presente apenas no Hemisfério Norte. Os linces são por vezes classificados dentro do género Felis, apesar de possuírem seu próprio gênero, Lynx.
Os linces são felinos de dimensões um pouco maiores que o gato doméstico, podendo pesar até 30 kg. Têm cauda curtas e orelhas bicudas, com um tufo de pelos na ponta. Os habitats preferenciais dos linces são florestas e zonas de vegetação densa em geral, onde abundem roedores e lagomorfos, suas presas preferenciais. Os linces também possuem bigodes ultrassensíveis(vibrissas), pelagem espessa e patas largas como adaptações à vida sobre a neve no inverno. Quando o inverno chega, sua principal presa é a lebre, apesar da dificuldade de captura, devido à pelagem branca desta.
[editar]Espécies de lince
Lince-euroasiático (Lynx lynx)
Lince-ibérico (Lynx pardinus)
Lince-do-canadá (Lynx canadensis)
Lince-pardo ou lince-vermelho (Lynx rufus), típico das Montanhas Rochosas
Lynx issiodorensis, espécie extinta, habitou na Europa durante o Pleistoceno.
O alce (Alces alces) é um cervídeo, o maior dos cervos, podendo atingir mais de 2 metros de altura ao nível das espáduas e pesar mais de 700 kg (no caso dos machos; as fêmeas são consideravelmente menores). Distingue-se dos restantes membros da família pelo tipo particular de galhadas: geralmente presentes apenas nos machos, têm secção cilíndrica e formato de taça e podem atingir 1,60 m de amplitude. O alce é um animal típico das regiões circumpolares. Na Europa, ocorre essencialmente na Finlândia, na Suécia e na Noruega. Ao contrário do que se possa pensar, os seus longos chifres servem para amenizar a temperatura corporal no verão. A longevidade do alce é, em média, de cerca de 20 anos.
Estes ruminantes têm pernas longas e pescoço curto, o que os impede de pastar das ervas rasteiras. Alimentam-se de rebentos e folhas de árvores e de plantas aquáticas, pelo que se encontram essencialmente em florestas ou na sua proximidade. O seu comportamento é geralmente tímido, mas os machos podem tornar-se violentos durante a época de acasalamento e as fêmeas defendem as crias de qualquer aproximação humana. No entanto, o principal perigo que os alces representam para o ser humano é na estrada, onde podem provocar graves acidentes, sobretudo na primavera, quando aproveitam como compensação nutricional o sal lançado no pavimento de algumas estradas na América do Norte.
[editar]Ver também
Alce-irlandês (extinto)
Rena (ou caribu)
Referências
↑ Henttonen, H., Stubbe, M., Maran, T. & Tikhonov A. (2008). Alces alces (em Inglês). IUCN 2012. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN de 2012 Versão 2. Página visitada em 08 de dezembro de 2012.
tucano
São designadas por tucano as aves da família Ramphastidae que vivem nas florestas da América Central e América do Sul. O termo é de origem tupi através do vocábulo tukana[1].
Possuem um bico grande e oco. A parte superior é constituída por trabéculas de sustentação e a parte inferior é de natureza óssea. Não é um bico forte, já que é muito comprido e a alavanca (maxilar) não é suficiente para conferir tal qualidade. Seu sistema digestivo é extremamente curto, o que explica sua base alimentar, já que as frutas são facilmente digeridas e absorvidas pelo trato gastrointestinal. Além de serem frugívoros (comerem fruta), necessitam de um certo nível protéico na dieta, o qual alcançam caçando alguns insetos, pequenas presas (como lagarto, perereca, etc) e mesmo ovos de outras aves. Possuem pés zigodáctilos (dois dedos direcionados para frente e dois para trás), típicos de animais que trepam em árvores.
São monogâmicos territorialistas (vivem e se reproduzem em casal isolado). Não há dimorfismo sexual e a sexagem pode ser feita por análise de seu DNA.[2] A fêmea e o macho trabalham no ninho, que é construído em ocos de árvores. A fêmea choca e o macho alimenta-os. Fazem postura de três a quatro ovos, cujo período de incubação é de dezoito dias.
O tucano-toco (Ramphastos toco) ainda é uma espécie ameaçada do e extinção. Tem sido capturado e traficado outros países a fim de ser vendido em lojas de animais. Isto tem, como consequência, a diminuição da sua população nas florestas, pondo em risco a variabilidade genética, bem como a morte de muitos animais durante o transporte.
Não são aves migratórias.Lista de espécies
[editar]Aulacorhynchus
Aulacorhynchus sulcatus
Tucaninho-verde, Aulacorhynchus derbianus
Aulacorhynchus haematopygus
Aulacorhynchus huallagae
Aulacorhynchus coeruleicinctis
[editar]Pteroglossus
Tucano no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, no Rio de Janeiro, no Brasil.
Araçari-miúdo-de-bico-riscado, Pteroglossus inscriptus
Araçari-miudinho, Pteroglossus viridis
Araçari-de-pescoço-vermelho, Pteroglossus bitorquatus
Araçari-de-bico-de-marfim, Pteroglossus azara
Araçari-de-bico-marrom, Pteroglossus mariae
Araçari-castanho, Pteroglossus castanotis
Araçari-de-bico-branco, Pteroglossus aracari
Pteroglossus torquatus
Araçari de Frantzius, Pteroglossus frantzii
Pteroglossus sanguineus
Pteroglossus erythropygius
Araçari-cinta-dupla, Pteroglossus pluricinctus
Araçari-mulato, Pteroglossus beauharnaesii
[editar]Baillonius
Araçari-banana, Baillonius bailloni
[editar]Andigena
Andigena laminirostris
Andigena hypoglauca
Andigena cucullata
Andigena nigrirostris
Xilogravura de um tucano
[editar]Selenidera
Selenidera spectabilis
Saripoca-de-coleira, Selenidera reinwardtii
Saripoca-de-bico-castanho, Selenidera nattereri
Araçari-negro, Selenidera culik
Araçari-poca, Selenidera maculirostris
Saripoca-de-Gould, Selenidera gouldii
[editar]Ramphastos
Ramphastos sulfuratus
Ramphastos brevis
Ramphastos citreolaemus
Ramphastos culminatus
Tucano-de-bico-preto, Ramphastos vitellinus. O Ramphastus vitellinus pintoi é considerado extinto no estado de São Paulo.
Tucano-de-bico-verde, Ramphastos dicolorus
Ramphastos swainsonii
Ramphastos ambiguus
Tucano-grande-de-papo-branco, Ramphastos tucanus
Ramphastos cuvieri
Ramphastos toco
rinoceronte
Os rinocerontes são grandes mamíferos perissodátilos (com número ímpar de dedos em cada pata) caracterizados por apresentarem uma pele espessa e pregueada e um ou dois chifres sobre o nariz; é esta característica que está na origem do nome.
Estes animais habitam as savanas e florestas tropicais da África e Ásia.
Como símbolo do safári africano, pertence ao grupo de animais selvagens chamado de big five, correspondente aos cinco animais mais difíceis de se caçar: leão, leopardo, elefante, búfalo e rinoceronte.
[editar]Número dos chifres
Ao contrário do que muita gente pensa, nem todos os rinocerontes têm chifres. Por isso, os que possuem estão apenas na família Rhinocerotidae.
E nem todas as espécies dessa família os tinham, como o Aceratherium.
Os rinocerontes de dois chifres pertencem aos gêneros:
Ceratotherium
Coleodonta
Dicerorhinus
Diceros
Menoceras
Os rinocerontes de um chifre pertencem aos gêneros:
Elasmotherium
Rhinoceros
Sinotherium
Prosantorhinus
Iranotherium
Shennongtherium
Teleoceras
Os rinocerontes sem chifre pertencem aos gêneros
Hyrachyus
Aceratherium
Amynodon
Chilotherium
Hyracodon
Indricotherium
Metamynodon
Paraceratherium
[editar]Parece mas não é
Normalmente os rinocerontes de dois chifres possuem os mesmos dispostos um atrás do outro, mas o gênero Arsinoitherium os possui um do lado do outro e atualmente não são considerados rinocerontes, pois pertencem a outra ordem, Embrythopoda. Quem vê o filme A Era do Gelo, pode até pensar que aquele animal com chifre duplo com pontas arredondadas é um rinoceronte, mas na verdade é um Brontotério, parente extinto.
Animais que se parecem com rinocerontes
Brontotherium: São animais diferentes, mas pertencem também a ordem Perissodactyla.
Toxodon: Pertence à superordem Meridiungulata, mas pertence também a infraclasse placentalia.
Arsinoitherium: É parente distante do elefante, mas também pertence a infraclasse placentalia.
Diprotodon: É um marsupial.
Uintatherium: É um parente do rinoceronte.
[editar]Taxonomia
Há quatro famílias de rinocerontes:
Hyrachyidae - o primeiro rinoceronte
Amynodontidae - todos os representantes extintos;
Hyracodontidae - extintos e
Rhinocerotidae - os únicos sobreviventes.
Abaixo os detalhes da taxonomia conhecida:
Família Hyrachyidae (extinta)
Subfamília Hyrachyinae
Tribo Hyrachyini
Hyrachyus
Família Amynodontidae (extinta)
Subfamília Amynodintinae
Tribo Amynodontini
Amynodon
Metamynodon
Sem classificação Rhinocerotida
Família Hyracodontidae (extinta)
Subfamília Hyracodontinae
Tribo Hyracodontini
Hyracodon
Subfamília Indricotheriinae
Tribo Indricotheriini
Benaratherium
Forstercooperia
Juxia
Urtinotherium
Indricotherium
Paraceratherium
Familía Rhinocerotidae
Subfamilía Rhinocerotinae
Tribo Aceratheriini
Aceratherium (extinto)
Acerorhinus (extinto)
Alicornops (extinto)
Aphelops (extinto)
Chilotheridium (extinto)
Chilotherium (extinto)
Dromoceratherium (extinto)
Floridaceras (extinto)
Hoploaceratherium (extinto)
Mesaceratherium (extinto)
Peraceras (extinto)
Plesiaceratherium (extinto)
Proaceratherium (extinto)
Sinorhinus (extinto)
Subchilotherium (extinto)
Trigonias (extinto)
Tribo Teleoceratini
Aprotodon (extinto)
Brachydiceratherium (extinto)
Brachypodella (extinto)
Brachypotherium (extinto)
Diaceratherium (extinto)
Prosantorhinus (extinto)
Shennongtherium (extinto)
Teleoceras (extinto)
Tribo Rhinocerotini
Gaindatherium (extinto)
Rhinoceros - Rinoceronte-indiano e Rinoceronte-de-java
Tribo Dicerorhinini
Coelodonta - Rinoceronte-lanudo (extinto)
Dicerorhinus - Rinoceronte-da-sumatra
Dihoplus (extinto)
Lartetotherium (extinto)
Stephanorhinus (extinto)
Tribo Ceratotheriini
Ceratotherium - Rinoceronte-branco
Tribo Dicerotini
Diceros - Rinoceronte-negro
Paradiceros (extinto)
Subfamilía Elasmotheriinae
Tribo Gulfoceratini
Gulfoceras (extinto)
Tribo Diceratheriini
Diceratherium (extinto)
Subhyracodon (extinto)
Trigodon (extinto)
Tribo Elasmotheriini
Bugtirhinus (extinto)
Caementodon (extinto)
Elasmotherium - Unicórnio gigante (extinto)
Hispanotherium (extinto)
Huaqingtherium (extinto)
Iranotherium - Rinoceronte-do-Irã (extinto)
Kenyatherium (extinto)
Menoceras (extinto)
Ougandatherium (extinto)
Parelasmotherium (extinto)
Procoelodonta (extinto)
Sinotherium (extinto)
Subfamilía Arsinoitherinae
Tribo Arsinoitheriini
Arsinoitherium (extinto)
peixe boi
Os peixes-bois, vacas-marinhas ou manatis constituem uma designação comum aos mamíferos aquáticos, sirênios, como os dugongos, mas da família dos triquequídeos (Trichechidae). Possuem um grande corpo arredondado, com aspecto semelhante ao das morsas. O peixe-boi-marinho (Trichechus manatus) pode medir até quatro metros e pesar 800 quilos,[1] enquanto o peixe-boi-da-amazônia (Trichechus inunguis) é menor e atinge 2,5 metros e pode pesar até 300 quilos.
Habitam geralmente em águas costeiras e estuarinas quentes e rasas e pântanos, enquanto o peixe-boi-da-amazônia habita apenas em águas doces das bacias dos rios Amazonas e Orinoco. A Flórida é a localização mais ao norte onde vivem, pois a sua baixa taxa metabólica torna-se difícil no frio e não sobrevivem abaixo dos 15 °C.
Existem três espécies de peixe-boi:
Peixe-boi-africano (Trichechus senegalensis), vive no Atlântico, habita as águas doces e costeiras do oeste da África.
Peixe-boi-marinho (Trichechus manatus), também conhecidos como manatis, tem ampla distribuição nas Américas, indo desde o México, os Estados Unidos, vivendo nas ilhas da América Central, na Colômbia, Venezuela, nas Guianas, no Suriname e no Brasil.
Peixe-boi-da-amazônia (Trichechus inunguis), são animais fluviais e vivem nas bacias dos rios Amazonas e Orinoco.
Uma quarta espécie, o peixe-boi-anão (T. bernhardi) foi encontrada no Brasil[2] embora alguns puseram em dúvida a sua validade supondo que seja um peixe-boi amazônico imaturo.[3]
No Brasil, o peixe-boi-marinho habitava do Espírito Santo ao Amapá, porém devido à caça, desapareceu da costa do Espírito Santo, Bahia e Sergipe. Os peixes-bois vivem tanto em água salgada quanto em água doce. O peixe-boi amazônico só existe na bacia do rio Amazonas no Brasil e Peru, e no rio Orinoco na Venezuela, e vive apenas em água doce.
Todas as espécies encontram-se ameaçadas de extinção e estão protegidas por leis ambientais em diversas partes do mundo. No Brasil, o peixe-boi é protegido por lei desde 1967[4] e a caça e a comercialização de produtos derivados do peixe-boi é crime que pode levar o infrator a até dois anos de prisão. São animais de hábitos solitários, raramente vistos em grupo fora da época de acasalamento.
Alimentam-se de algas, aguapés, capins aquáticos entre outras vegetações aquáticas e podem consumir até 10% de seu peso em plantas por dia e podem passar até oito horas por dia se alimentando.[1] Durante os primeiros dois anos de vida vivem com suas mães e ainda se alimentam de leite. São muito parecidos com os dugongos e a principal diferença entre o peixe-boi e o dugongo é a cauda. São animais muito mansos e, por este motivo, são facilmente caçados e se encontram em risco de extinção.O peixe-boi tem uma média de 500 a 550 quilogramas de massa e comprimento médio de 2,8 a 3 metros, com máximas avistadas de 3,6 metros e 1 775 quilogramas (as fêmeas tendem a ser maiores e mais pesadas). Ao nascer, um filhote de peixe-boi tem uma massa média de trinta quilogramas.
O corpo é robusto e maciço, com cauda achatada, larga e disposta de forma horizontal. O peixe-boi-marinho tem a pele rugosa, com a cor variando entre cinza e marrom-acinzentado. A cabeça fica bem junto ao corpo. Pode-se quase afirmar que não tem pescoço, apesar de conseguir movimentar a cabeça em todas as direções. Tem olhos bem pequenos, mas enxerga bem, sendo capaz até mesmo de reconhecer cores. O nariz está bem em cima do focinho, com duas grandes aberturas. Não tem orelhas: os ouvidos são dois pequenos orifícios um pouco atrás dos olhos. Além de escutar os ruídos ao seu redor, o peixe-boi também pode se comunicar através de pequenos gritos chamados vocalizações. Esta comunicação é muito importante entre a mãe e o filhote. A mãe é capaz de reconhecer o seu filhote entre muitos outros apenas pela vocalização.
Peixe-boi em Fernando de Noronha.
A boca é grande: os lábios de cima são amplos e se movimentam na hora de pegar o alimento. A dentição desses animais é reduzida a molares, que se regeneram constantemente, em virtude de sua dieta vegetariana quando adultos. Estas folhagens contêm sílica, elemento que desgasta rapidamente os dentes mas os manatis são adaptados, seus molares deslocam-se para a frente cerca de 1 mm por mês e se desprendem quando estão completamente desgastados, sendo substituídos por dentes novos situados na parte posterior da mandíbula.
No focinho, o peixe-boi tem muitos pelos, chamados vibrissas ou pêlos táteis, muito sensíveis ao movimento ou ao toque. Por ser um animal aquático, no lugar das patas dianteiras o peixe-boi tem duas nadadeiras, com unhas arredondadas nas pontas. Em vez das patas traseiras, possui uma grande nadadeira caudal.
Um grupo de três manatis.
Para nadar, o peixe-boi impulsiona sua nadadeira caudal, usando as duas nadadeiras peitorais para controlar os movimentos. Apesar de bastante pesado, consegue ser bem ágil dentro d'água, fazendo muitas manobras e ficando em várias posições. Em média, os peixes-bois nadam com uma velocidade de cinco quilômetros por hora até oito quilômetros por hora (1,4 metros por segundo a 2,2 metros por segundo). No entanto, têm sido vistos nadando a uma velocidade de até trinta quilômetros por hora (oito metros por segundo) em rajadas curtas. Metade do dia de um peixe-boi é gasto dormindo na água, subindo para tomar ar regularmente em intervalos não superiores a vinte minutos. Por ser um mamífero, o peixe-boi precisa ir à superfície para respirar. Como os outros mamíferos, ele respira pelos pulmões. Nos seus mergulhos normais, fica apenas de um a cinco minutos debaixo d'água. Já em repouso, pode permanecer até 25 minutos submerso sem respirar.
O peixe-boi-da-flórida (T. m. latirostris) pode viver até aos sessenta anos e pode movimentar-se livremente entre salinidade extrema. No entanto, o peixe-boi-da-amazônia (T. inunguis) nunca se aventura em água salgada. Têm uma grande flexibilidade preênsil no lábio superior que atua em muitos aspectos como uma tromba curta, algo semelhante a um elefante. Utilizam o lábio para reunir comida, bem como para comunicações e interações sociais. Os seus pequenos, e bem espaçados olhos têm pálpebras que fecham em uma forma circular. Acredita-se que os peixes-boi têm a habilidade de ver em cores.
Emitem uma ampla gama de sons na comunicação, especialmente entre as fêmeas e os machos durante o contato sexual, mas também entre os adultos durante jogos e comportamentos habituais. Podem usar sabor e odor, além da visão, som e tato, para se comunicar. São capazes de aprender diferentes tarefas e mostram sinais de aprendizagem complexas ou longa memória, tal como golfinhos e Pinípedes, segundo estudos visuais e acústicos.[6]
[editar]Reprodução
Peixe-boi e filhote.
Possuem taxa reprodutiva muito baixa pois a fêmea, chamada peixe-mulher, segundo o Dicionário Aurélio, tem geralmente um filhote, mas há casos de nascimentos de gêmeos, até mesmo em cativeiro, como já aconteceu na Sede Nacional do Projeto Peixe-Boi, em Itamaracá, Pernambuco.[1][7]
Os peixes-bois não têm nenhuma diferença sexual externa fácil de ser notada. Na fêmea, a abertura genital (a vagina) fica mais próxima do ânus, enquanto no macho (no caso, o pênis) fica mais próxima do umbigo. O pênis só sai da abertura genital no momento do acasalamento. No resto do tempo, está sempre "guardado". O acasalamento se dá com o macho por baixo e a fêmea por cima, num tipo de "abraço". É aí que o macho externa seu pênis e faz a penetração na fêmea.[1]
Vários machos podem copular com uma mesma fêmea, o cio dura um longo período, mas apenas um deles irá fecundá-la. A reprodução da espécie é lenta, pois o período de gestação das fêmeas é longo: treze meses. Depois, a mãe amamenta o filhote durante um período entre um e dois anos. Por causa disso, a fêmea tem apenas um filhote a cada quatro anos, pois ela só volta a entrar no cio outra vez um ano depois de desmamar e tirando a época em que as mães estão com os seus jovens do sexo masculino ou feminino, os peixes-boi geralmente são criaturas solitárias.[8]
Nos primeiros dias de vida, o filhote alimenta-se exclusivamente do leite da mãe. O leite materno é importante para o desenvolvimento do filhote: é um alimento completo que o ajuda no crescimento e funciona como uma vacina, protegendo-o nos primeiros tempos de vida. Durante o período de amamentação é possível notar as mamas na fêmea. Elas ficam uma de cada lado, bem abaixo da nadadeira peitoral. Mas é já a partir dos primeiros meses de vida que o peixe-boi começa a ingerir vegetais, seguindo o comportamento da mãe. O filhote, aliás, recebe todos os cuidados da mãe. Muito zelosa, é ela quem o ensina a nadar, a subir até a superfície para respirar e também a alimentar-se de plantas.
[editar]Vulnerabilidade
Um peixe-boi.
Embora os peixes-boi possuam poucos predadores naturais (tubarões, crocodilos, orcas e jacarés), todas as três espécies de peixe-boi estão listadas pela World Conservation Union como vulnerável à extinção. A principal ameaça corrente para os peixes-boi nos Estados Unidos está sendo as colisões com barcos ou com hélices. Às vezes o peixe-boi pode sobreviver a estas colisões, e mais de cinquenta cicatrizes profundas permanentes têm sido observadas em alguns peixes-boi ao largo da costa da Flórida.[9] No entanto, as feridas são muitas vezes fatais, e os pulmões podem até sair através da cavidade torácica[9] É ilegal no âmbito federal e na lei da Flórida de provocar danos aos peixes-boi.[9]
O assoreamento dos estuários onde as fêmeas dão à luz os filhotes é outro motivo para ameaça de extinção desta espécie.
O Centro Mundial de Monitoramento da Conservação, órgão do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), registra em seu banco de dados as seguintes espécies e subespécies como objeto de preocupação:
Trichechus senegalensis,[10] África
Trichechus inunguis,[11] América do Sul
Trichechus manatus,[12] Caribe, América do Norte e América do Sul
Trichechus manatus manatus,[13] Antilhas
Trichechus manatus latirostris,[14] Flórida
[editar]População
Peixe-boi das antilhas.
A população de peixes-bois na Flórida (T. manatus) provavelmente está entre 1000 e 3000, embora as estimativas sejam difíceis. O número de mortes de peixes-bois causadas por seres humanos neste estado, aumentou com o passar dos anos, correspondendo a 20%-40% das mortes registradas de peixe-boi.[15] Foram registrados perto de 300 peixes-bois mortos por atividade humana na Flórida em 2006, a maioria destes causados por barcos.
Estimativas da população de peixe-boi da Flórida mostram uma grande variação de ano para ano, com algumas áreas com possíveis aumentos e outras com queda de população, com muito pouca evidência de fortes aumentos exceto em duas áreas. No entanto, estudos realizados em 1997 indicaram que diminuiu sua sobrevivência adulta e a eventual extinção de peixes-boi da Flórida é uma possibilidade.[16] Os censos de peixe-boi são altamente variáveis,:[17] na Flórida em 1996, um inquérito no inverno calculou 2639 peixes-boi; em janeiro de 1997, foram registrados 2229 e em fevereiro apenas 1706.[9] Restos fósseis dos antepassados de peixe-boi mostram que eles têm habitado a Flórida por cerca de 45 milhões de anos.
O peixe-boi-da-amazônia (T. inunguis) é uma espécie de peixe-boi que vive nos habitats de água doce do rio Amazonas e seus afluentes. Sua cor é cinzenta acastanhada e eles têm uma pele enrugada e grossa, muitas vezes com pêlos grossos, ou "bigodes". Seu principal predador é também o homem. O governo brasileiro proibiu a caça do peixe-boi desde 1973, em um esforço para preservar a espécie. Mortes por barcos, no entanto, ainda são comuns.
O peixe-boi-africano (T. senegalensis) é o menos estudado das três espécies de peixe-boi. Fotos do peixe-boi-africano são muito raras, embora muito pouco se sabe sobre esta espécie, os cientistas acham que são semelhantes ao peixe-boi das Caraíbas. Eles são encontrados em habitats costeiros marinhos e estuarinos, e em água doce sistemas fluviais ao longo da costa oeste da África a partir do rio Senegal até ao rio Kwanza, em Angola, incluindo as áreas em Gâmbia, Libéria, a Guiné-Bissau, Guiné, Serra Leoa, Costa do Marfim, Gana, Mali, Nigéria, Camarões, Gabão, República do Congo, e da República Democrática do Congo. Embora ocasionalmente caçados por tubarões e crocodilos na África, as suas ameaças significativas são apenas o ser humano, devido à caça furtiva, perda habitat, e outros impactos ambientais. Eles chegam a habitar até Gao, no Mali, pelo rio Níger. Embora raros, eles ocasionalmente ficam encalhados quando o rio seca até ao final do período chuvoso. O nome em Sonrai, o idioma local, é "ayyu".
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